
Bruno Joly
3 de fev. de 2015
Vicunha aposta de novo na Europa

Bruno Joly
3 de fev. de 2015
A Vicunha retornou à feira Munich Fabric Start, que abriu suas portas na última segunda-feira (02). Mais precisamente na Blue Zone, e isso depois de meia dezena de temporadas de ausência. Da mesma forma, a gigante brasileira do denim anuncia seu retorno em maio próximo ao Denim by PV em Barcelona.
“A razão da nossa ausência é simples e positiva. A empresa havia se concentrado no desenvolvimento na América Latina e as capacidades de produção não eram tão importantes para ir buscar a qualquer preço novos clientes europeus. Mas, aí o foco é a internacionalização. A Europa não é um mercado fácil, mas importante”, comenta Thomas Dislich, diretor para a Europa da Vicunha.

É claro que, além do retorno aos salões, a fabricante de jeans reviu sua organização para também otimizar seus custos. No fim de 2014, uma filial foi fundada na Holanda. Por outro lado, a Vicunha Netherlands só estará operacional na próxima primavera [no Hemisfério Norte, outono aqui no Brasil]. O objetivo neste país é a gestão de estoques e a logística. Funções administradas há muito tempo a partir da sede europeia baseada na Suíça, onde de repente a equipe de profissionais passou de 16 para 7 pessoas.
Esta decisão, além dos custos ligados ao franco suíço, permitirá estar próximo do prestador de serviços que administra um estoque permanente de um milhões de metros. Também ligado à concentração do volume de negócios com clientes-chave.
“Há dez anos nós tínhamos 300 clientes ativos na Europa. Hoje, com dez grandes clientes, você cobre dois terços do mercado médio de gama. Por outro lado, é preciso acompanhá-los o mais de perto possível. Antes precisávamos basicamente de agentes. Agora, nossas forças de venda possuem perfis de key account manager”, comenta o dirigente.
Thomas Dislich explica que em dez anos o volume líquido de negócios da Vicunha dobrou para 443 milhões de euros, com um lucro líquido de 38 milhões.
O Velho Continente, onde ela trabalha com cerca de cinquenta clientes, representa só cerca de 4% desse volume de negócios, ou seja, cerca de 16 a 17 milhões de euros. Daqui a quatro anos, a companhia visa à barreira dos 50 milhões. Neste ano, ela não espera nada menos que registrar um salto de 25% dos seus pedidos em volume, chegando a 9 milhões de metros.
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