Dominique Muret
26 de ago. de 2013
Safilo apresenta recuo no 1º semestre de 2013
Dominique Muret
26 de ago. de 2013
Safilo termina o primeiro semestre de 2013 com uma ligeira queda, ainda penalizada pelo impacto da perda das licenças da Armani. A segunda maior fabricante mundial no setor de óculos, controlada pelo fundo holandês Hal, realizou um volume de negócios de 598,4 milhões de euros, nos seis primeiros meses do ano, apresentando recuo de 2,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto seu lucro líquido e resultado operacional caíram 6,7%, para 20,1 milhões de euros, e 7,7%, para 47,36 milhões, respectivamente, aponta a empresa em um comunicado.
Por outro lado, com uma base comparativa e uma taxa média de câmbio, as vendas do grupo avançaram 8%, apesar de “um dos semestres mais difíceis na história do grupo, levando-se em consideração o impacto do término das licenças Armani”, destaca o CEO Roberto Vedovotto. Este crescimento é explicado pelos bons desempenhos das principais marcas sob licença da Safilo, que administra, entre outras em seu portfólio, as coleções de óculos de Alexander McQueen, Boss, Bottega Veneta, Céline, Dior, Marc Jacobs, Marc by Marc Jacobs, Max Mara, Saint Laurent e Tommy Hilfiger.
É preciso salientar também a expansão das marcas pertencentes à Safilo, em particular a Polaroid Eyewear, nos mercados americanos e asiáticos. O diretor-executivo Roberto Vedovotto exibe certo otimismo, citando a conquista da licença Fendi, que se inicia em 2014, bem como a renovação antecipada de licenças importantes, tais como as de Marc Jacobs e da Fossil, e os novos acordos e parcerias firmados com a Bobbi Brown ou ainda com a Essilor.
O resultado bruto de exploração (Ebitda) chegou aos 65 milhões de euros (-8% em comparação com o 1º semestre de 2012) nos seis primeiros meses do ano. No segundo trimestre de 2013, a Safilo registrou um lucro líquido de 6,7 milhões de euros (-30,1% em comparação com o 2º trimestre de 2012) e um volume de negócios de 301,4 milhões de euros (-7,2%).
Esses resultados seguem em linha com as estimativas feitas pelos analistas financeiros, que, no entanto, se apresentam significativamente inquietos em relação à próxima mudança na direção da empresa. Na verdade, em junho, a companhia anunciou a sucessão de Roberto Vedovotto, cérebro por trás da renovação do grupo, que será substituído em 15 de outubro pela manager suíça Luisa Delgado.
Segundo um analista do MainFirst Bank, citado pela Reuters, “a marca Safilo continua volátil por causa da incerteza no que diz respeito ao novo CEO”. Outro analista confirma as apreensões em relação à mudança na direção do grupo, sobre a qual “nenhuma explicação foi dada até agora”.
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