Dominique Muret
18 de ago. de 2015
Ralph Lauren: vendas e lucro em queda no 1º trimestre
Dominique Muret
18 de ago. de 2015
"A Ralph Lauren se saiu melhor do que o previsto no 1º trimestre". É assim que o grupo americano de vestuário resume os resultados do primeiro trimestre do exercício fiscal 2015-16, findo em 27 de junho. Em outras palavras, uma desaceleração era esperada neste início de exercício, em razão da reorganização em curso dentro da empresa e do impacto das taxas de câmbio, mas os analistas haviam previsto isso de maneira mais acentuada.
O grupo cotado em Wall Street exibiu nos três primeiros meses do seu exercício um volume de negócios de 1,6 bilhão de dólares, apresentando-se em queda de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior, em outras coisas, por conta do ganho de força do dólar em comparação com as outras moedas.
As vendas no atacado, que representaram 642 milhões de dólares, caíram 9% (-6% com taxa de câmbio constante), ao passo que as vendas no varejo diminuíram apenas 2,6%, indo a 935 milhões de dólares. Sem efeitos de câmbio, elas avançaram até mesmo 3%. Num perímetro comparável, elas declinaram 8% (-2% antes do câmbio) no trimestre.
No entanto, este recuo das vendas é temperado por "um crescimento das vendas na casa de dois dígitos em escala internacional", aponta a empresa num comunicado, sem dar detalhes. Mesmo assim, a atividade de licenças exibe alta de 6% (+3% antes do câmbio), ascendendo a 41 milhões de dólares.
O grupo, que abriu um novo conceito voltado ao luxo em Milão, contava nos fins de junho com 467 lojas operadas sob gestão direta, das quais 140 Ralph Lauren, 65 Club Monaco e 262 lojas da fábrica Polo. A companhia explica também que conta com 558 concessões em todo o mundo, bem como 222 lojas dirigidas por licenciados (79 Ralph Lauren, 24 lojas exclusivas e 119 lojas ou corners Club Monaco).
Quanto à rentabilidade, a Ralph Lauren viu seu lucro líquido mergulhar 60,5%, indo a 64 milhões de dólares contra 162 milhões um ano mais cedo. Ajustado com elementos excepcionais (ou seja, despesas de reestruturação e outros elementos ligados à reorganização global da marca), o resultado líquido se eleva para 95 milhões de dólares, ou seja, 1,09 dólar por ação, um resultado ligeiramente superior ao consenso estabelecido pelos analistas.
"Tomamos decisões corretas em matéria de estratégia e de investimento em vista de sustentar o futuro crescimento do grupo", comenta o fundador e diretor executivo da marca, Ralph Lauren.
"Esses resultados trimestrais melhores que o previsto refletem o forte avanço que tivemos com nossas iniciativas-chave estratégicas. As ações decisivas empreendidas em matéria de reorganização global da marca, assim como os investimentos em infraestruturas, e-commerce e preços dos produtos, estão preparando o grupo para o crescimento futuro e vão gerar economias de exploração substanciais", lança o diretor de operações.
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