Terra
3 de mar. de 2010
Proenza Schouler, Valentino e Hilfiger estão à venda
Terra
3 de mar. de 2010
O fundo de investimentos Permira procura compradores para as marcas de moda do seu portfólio: Proenza Schouler e Valentino. A informação, divulgada pelo site WWD, é de que o grupo não está buscando obter lucro com as vendas.
![]() Desfile Valentino na Alta-Costura parisiense. Foto: Pixel Formula |
Boatos também apontam para venda da marca Tommy Hilfiger, do grupo Apax (dono de 80% da grife), que estaria estudando ofertas do mercado e também abrir o capital da empresa, que já estava nos planos há dois anos quando houve a crise do mercado financeiro.
O principal interessado seria a Philips-Van Heusen Corp, que comprou a Calvin Klein em 2002.
Objeto de desejo
No caso da Proenza, cujos estilistas são Jack McCollough e Lazaro Hernandez, a estratégia seria passar adiante a marca que atualmente é uma dos novos objetos de desejo entre grifes jovens, mas que ainda é pequena e necessita de muitos investimentos para crescer.
Criada em 2002, teve 45% do seu patrimônio vendido ao Valentino Fashion Group (VFG) em 2007, por US$ 3,7 milhões.
Os 55% restantes ficaram com os estilistas. O VFG por sua vez foi comprado pelo Permira no mesmo ano. O fundo, junto com a família Marzotto, gigante do setor têxtil italiano, formou o grupo Red & Black Luz Sarl e adquiriu 29% do VFG, que é acionista majoritário no grupo Hugo Boss, M Missoni, Marlboro Classics, entre outras.
Identidade
No caso da Valentino, o motivo da venda seria o mercado ainda recessivo e a mudança de identidade desde a aposentadoria do Valentino há dois anos.
No último desfile apresentado pela marca durante a semana de alta-costura, os estilistas Pier Paolo Piccioli e Maria Grazia Chiuri mostravam desejo de rejuvenescer a marca, numa coleção elogiada pelos críticos, mas distante do estilo que consagrou o criador italiano.
O Grupo Valentino registrou crescimento de 2,8%, chegando a 2,2 bilhões em 2008, depois de registrar perdas de mais de 40 milhões em 2007.
O presidente do grupo, Paolo Colonna, negou a venda da Valentino no momento, mas não teceu comentários sobre a Proenza. "Valentino têm tido seus altos e baixos, mas acabamos de virar uma esquina. A marca não tem nenhum débito agora e queremos esperar quatro ou cinco anos para aumentar o valor da grife. Não temos pressa para vender e queremos esperar por tempos melhores", disse ao WWD nesta segunda.
Michelle Achkar
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