
Dominique Muret
19 de jan. de 2016
Pitti Uomo 89 termina com um balanço mais do que positivo

Dominique Muret
19 de jan. de 2016
"Mais uma vez registramos uma edição recorde. Com um total de 1.219 expositores, nunca tivemos tantas marcas, e isso, apesar de uma situação conjuntural que conta com alguns raios de sol e muitos de tempestades", aponta o dirigente do Pitto Uomo Raffaello Napoleone, mais do que satisfeito por esta edição 89, que chegou ao seu término na última sexta-feira em Florença, Itália.

Para retomar a metáfora do administrador delegado, esta temporada invernal (no Hemisfério Norte) beneficiou-se de um boletim climático oposto à conjuntura, com belos dias ensolarados à exceção de um dia de chuva, que quase estragou a festa na quinta-feira.
O salão da moda masculina apresentando as coleções outono-inverno 2017, que dá o tom no início da temporada, lança assim um sinal positivo para o conjunto dos atores do mercado, com uma alta de 4% dos compradores, que atingiram um número de 25.000 contra 24.000 no ano passado. O Pitti atraiu um total de 36.000 visitantes!
A impressão de densidade se fez sentir tanto nos corredores do salão, em especial nos dois primeiros dias, nos quais os visitantes era muitas vezes empurrados, como nos espaços consagrados aos expositores quase sempre lotados em espaços mais reduzidos que de costume. Situação que não deixou de provocar alguns descontentamentos...

Segundo os volumes de negócios de fechamento publicados pelos organizadores que se apoiavam nas suas últimas estimativas, o salão, que decorreu em Florença de 12 a 15 de janeiro, registra uma alta de 5% dos compradores italianos, que atingem 16.000 presenças, e de 2,5% dos compradores estrangeiros, cujo número total chegou a 8.850.
"A Europa segue como o verdadeiro grande mercado", resume Raffaello Napoleone. No conjunto, compradores do Velho Continente registraram, na realidade, as mais fortes altas com crescimentos na casa de dois dígitos. A Espanha chega na frente (+20%), seguida pela Bélgica (+16%), Alemanha e Holanda (+14%), Suíça (+12%) e Grã-Bretanha (+9%).
A França, que é um dos principais mercados de referência para o menswear italiano, viu sua delegação de compradores diminuir, ao passo que o número de butiques representadas aumentou 4%. Vale ressaltar o avanço importante dos compradores americanos (+5%). Os Japoneses vieram também com força.

"Entre as 15 primeiras posições em termos de presenças absolutas se confirmam mercados estratégicos como a China, Hong Kong, Rússia e Turquia, mesmo que eles estejam em ligeiro recuo por causa de diferentes razões conjunturais", sublinha os organizadores do salão.
"Nós atingimos todos os objetivos que havíamos fixado. É um sinal positivo não somente para a temporada, mas também para o acumulado do ano. Sente-se uma nova energia", conclui Raffaello Napoleone.
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