EFE
11 de mar. de 2013
ModaLisboa abre sua quadragésima edição com confiança, ainda que com cortes
EFE
11 de mar. de 2013
Lisboa - A passarela mais importante de Portugal, a ModaLisboa, começou a mostrar, na última sexta-feira, suas propostas para o próximo outono-inverno com "confiança", lema escolhido para sua quadragésima edição, na qual "menos é mais" e que poderá continuar apesar da crise.
Um total de dezenove desfiles se concentrou até domingo, um dia a menos que nas edições anteriores, incluindo os consagrados estilistas lusos Nuno Baltasar e Felipe Faísca, e os novos talentos que encontraram seu lugar na passarela do espaço LAB.

As joias para "sonhar acordado" de Valentim Quaresma foram as responsáveis pela abertura na Praça do Terreiro do Paço da capital portuguesa.
Sua fantasia é a de guerreiros e amazonas "retrofuturistas", protegidos por armaduras de joias que protegem, em alguns casos, o busto e, em outros, ombros e braços.
O imaginário industrial do designer se tona onírico em peças negras e marrons elaboradas com materiais pouco convencionais como as pilhas que se unem a outros como o couro, peles falsas e cobre.
A fascinação e o medo dos mares nórdicos serviu de inspiração para a coleção apresentada pela designer polaca Monika Ptaszek, convidada da edição.
Marinheiros vestidos para o trabalho se misturaram nas cerca de vinte saídas com sobreviventes de um naufrágio, adornados com debruns e roupas gastas, mas todos vestidos com grossos gorros para se proteger do frio.
O ponto e a calça vaqueiro foram protagonistas sobre uma paleta de cores tão escura como a noite do mar que representou, mas com pontuais toques brancos de luz nas peças e perolados em suas faces.
O primeiro dia foi encerrado com as apostas do criativo de 32 anos Ricardo dourado, cujos modelos foram inspirados no bairro de Soweto, em Joanesburgo, o qual dá nome à coleção.
Artistas, designers e criativos industriais também encontraram este ano seu espaço fora da passarela na Pop-Up Store (espaço de vendas efêmero) Wonder Room, na qual foram colocadas à venda criações para as mais diversas finalidades, desde bicicletas conceito, passando por roupas concebidas para ciclistas, a peças tricotadas e modelos exclusivos de roupas.
A visão artística do encontro completou-se com a colaboração de sete criativos que pertencem ao coletivo "Art comes first", os quais apresentaram em Lisboa "The Coal", a possível renovação de várias peças essenciais do guarda-roupa masculino para o "homem em movimento".
A proposta para esses dias de moda na capital portuguesa também contou com exposições fotográficas, sessões de documentários e debates sobre a indústria.
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