UseFashion
16 de mai. de 2011
Minas Trend Preview: balanço 1º dia
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16 de mai. de 2011
Misto de feira comercial e tour de force de desfiles, o 1º dia de fato do Minas Trend Preview (dia 10 foi a abertura), aconteceu sob o signo da mudança de locação. De um condomínio a 30 minutos da cidade, tudo agora acontece na Gameleira no Expominas, de longe bem mais adequado para eventos do gênero. Outro ganho é a proximidade com a cidade, onde o evento é realizado. Nenhuma iniciativa deste tipo vai em frente se não abraça a cultura do local em que acontece. Não há como esperar uma contrapartida se tudo se passa longe, e não põe jornalistas e convidados em trânsito pela economia e pelas atrações locais. Quanto ao que rolou na passarela, veja o balanço logo a seguir.
DTA
Em contrastes marcantes de peças longas e curtas, e contando a história de mais de 20 anos do jeanswear no mercado nacional, a DTA abriu a passarela do Minas Trend com os 2 pés nos anos 1970. O jeans é destroyer, cheio de desgastes e entra em cena contrastado por estampas e cores quentes, em peças de cintura no lugar, sinalizada pelas amarrações. Os rapazes aderem à mesma onda, com macacão jeans, boas camisetas e blazeres desestruturados.

Claudia Arbex
O verão da marca de acessórios pesa a mão nas proporções. Os colares são pensados para compor uma parte significativa do conjunto do look, em formas que lembram peitilhos e lenços. Mesmo peças menores têm tratamento minucioso e artesanal, em construções por acúmulos de pedras e cristais pequenos, correntes e elementos de metal dourado. Preciosismo luxuoso e realização artesanal.

Maria Garcia
Maria Garcia é a linha para garotas da Huis Clos. A marca estreia no Minas Trend com sensualidade misturada ao romantismo de fundo campestre. As garotas têm visual delicado e feminino em silhuetas sem ajustes e modelagem fluida, beneficiada por têxteis leves e cores delicadas. Bom o mix de peças, que tem camisas blusas, saias e ótimos vestidos.
Última Hora
O verão da Última Hora parte da cultura e da natureza do litoral, de onde saem pássaros, flores,e o azul entre o marítimo/celeste e o branco espuma/nuvem, quase sempre em vestidões esvoaçantes. É uma estética Iemanjá, que funciona melhor quando baixa o tom literal economizando na combinação azul e branco. A voz de Maria Betânia acentua o tom de cultura brasileira como mote para a roupa. Toque setentista no conjunto da coleção e em calça e blusa com abertura boca de sino nas barras.
Cavalera
Abrindo o verão em Minas, a Cavalera aposta apenas naquilo que saber fazer bem, e apresenta coleção curta, urbana e fluída, com bastante superposição de peças e justaposição de estampas, sem grandes pretensões e de veia comercial. Garotas modernas e descomplicadas essas da Cavalera. Os rapazes seguram mais a onda, são francamente básicos mas com os mesmos elementos.

Rogério Lima
A coleção de bolsas de Rogério Lima transita entre luxo e humor pop em cores vibrantes, cortes geométricos e superfícies alternadas entre couros lisos e vinil. Atendendo as necessidades de sua clientela, varia bem os formatos e tamanhos, com opções para todas as horas do dia e da noite. O trabalho dele enche os olhos e ainda é melhor no detalhe e nas soluções de modelagem. Tudo que não era bolsa, leia-se vestuário e calçados foi realizado em jeans e funcionou bem. O colorido forte, púrpura e verde justapostos com caramelo, por exemplo, tem lá uma estranheza, mas vamos tomar como identidade. Comum é que não é. Para os rapazes, procedimentos e materiais semelhantes, com mochila e modelo carteiro de alça longa e estreita.

Fotos: © Agência Fotosite
Eduardo Motta
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