Dominique Muret
15 de fev. de 2015
Longchamp encerra 2014 com uma alta de 8%
Dominique Muret
15 de fev. de 2015
A Longchamp termina o ano de 2014 com um balanço pra lá de positivo. A fabricante de artigos de couro de luxo segue seu bom caminho graças a uma expansão internacional intensa, que lhe permitiu ainda no ano passado conquistar um crescimento de 8%. Assim, o volume de negócios atingiu os 495 milhões de euros no último exercício fiscal.
Notadamente a Europa representa o principal mercado da Longchamp, tendo angariado 60% das vendas totais da maison. A França representa 30% do total das vendas, a região Europa, Oriente Médio e África 30%, a Ásia 25% e as Américas ficam com 15%.
Em alguns países como Itália, onde o grupo abriu no ano passado duas novas butiques, em Roma e Veneza, e apronta-se para inaugurar outra em Florença neste 2015, as vendas saltaram 28% em 2014.
No conjunto da região “Grande China”, as vendas escalaram 27%. No Japão, o crescimento em 2014 ficou em 11%, ao passo que nos Estados Unidos, onde a marca abriu em 2014 uma loja em Washington DC, as vendas avançaram 7%.
Este avanço se deve à nova estratégia e ao aumento da distribuição, apostando basicamente na abertura de lojas sob gestão direta, dotadas de mais espaço e situadas em localizações de prestígio, “com o objetivo de mostrar melhor e de valorizar o universo da Longchamp com todas as coleções e por meio de um serviço ao cliente que corresponda ao máximo ao espírito da grife”, explica a casa de moda.
Neste contexto, a rede de vendas foi fortemente racionalizada e reduzida, levando a marca a fechar lojas muito pequenas, ou que não respondiam mais aos padrões instituídos no âmbito desta nova estratégia. Com isso, em dois anos, o número de pontos de venda (lojas próprias e franquias, concessões em lojas de departamentos, em lojas multimarcas de artigos de couro, butiques em aeroportos e venda on-line) passou de 1.800 para 1.500.
Paralelamente, o número de lojas sob gestão direta cresceu de 252 em 2012 para 287 em 2014. Entre outras coisas, o grupo inaugurou em 2014 as flagships de Barcelona, Munique e Paris, na avenida dos Champs-Elysées, assim como quatro lojas na Alemanha (Baden Baden, Nuremberg, Stuttgart e Munique), ao passo que em 2015 são previstas novas aberturas em Viena, no Peru, Paraguai, Macau, Toronto, na China e no Camboja.
Por outro lado, a Longchamp continua com a sua estratégia de retomada de controle da distribuição via filiais diretas em seus principais mercados. Às 19 filiais que a empresa possui atualmente (França, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Suíça, Alemanha, Reino Unido, Irlanda, Espanha, Portugal, Itália, Estados Unidos, Brasil, China, Hong Kong, Taiwan, Coreia do Sul, Japão e Rússia) vão se juntar outras quatro em 2015: Áustria, Macau, Canadá e Singapura, onde cinco lojas serão retomadas ao longo do ano dos seus franqueados e integradas ao grupo.
Por fim, a empresa continua a investir em sua infraestrutura. Em 2014, ela injetou em particular 22 milhões de euros no centro logístico de Segré (França). “Nós abrimos novos ateliers de formação no oeste da França e lançamos um novo sistema de gestão SAP, que será distribuído nos próximos dois anos por toda a empresa. Muitos elementos cruciais para responder às demandas de nosso mercado cada vez mais aberto ao exterior, aumentar nossos volumes de exportação e entregar os pedidos no menor tempo possível”, aponta no comunicado Jean Cassegrain, diretor-geral e neto do fundador da Longchamp.
Copyright © 2024 FashionNetwork.com. Todos os direitos reservados.