Exclusivo
4 de out. de 2010
Lino Villaventura busca a reinvenção a cada temporada
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4 de out. de 2010
O estilista Lino Villaventura esteve na quarta-feira (29 de setembro), na Courovisão, no RS, falando sobre sua experiência de mais de trinta anos no mundo da moda. O designer se diz orgulhoso por ter uma marca de moda autoral brasileira com 32 anos de existência e que, a cada nova coleção, busca se reinventar. Ele contou que tudo começou quando decidiu confeccionar um colete para dar de presente. "Eu nunca tinha feito isso na vida, mas as pessoas começaram a ver, a gostar e queriam comprar. Assim, comecei a fazer e vender", relatou. Mais tarde, uma senhora pediu-lhe para fazer uma roupa para ir à uma festa muito importante na cidade. Depois, saiu sua foto no jornal, com a chamada "Nasce o grande estilista Lino Villaventura".
Para o designer, a inspiração é um somatório de coisas que se vê e que emocionam. Ele, que nunca cursou escola de moda, criou sua própria técnica. "Por isso, a identidade da roupa já está no corte, no bordado, na textura", diz. No início, não havia a grande oferta de tecidos que têm hoje e Lino pintava-os e texturizava as peças disponíveis. "As dificuldades se transformaram no grande aprendizado das técnicas", salienta.
Lino, que sempre esteve ligado ao diferente e à originalidade, relatou que recebeu, ainda nos anos 80, amostras de escamas de peixes, de couro de tilápia, de um curtume. Após pintar, texturizar e trabalhar com o material, levou-o para o desfile no Japão, em 1989. "A marca se torna conhecida quando é apresentada nos grandes centros. A primeira grande exportação que fiz para o Japão foi nessa época", lembra. Para isso, ele também assinala que é preciso ter qualidade, um desenho que dê personalidade ao produto e responsabilidade na entrega.
Lino apresentou o desfile e making of do seu mais recente trabalho no São Paulo Fashion Week. Na execução do trabalho, segundo ele, é preciso ser exigente para que tudo saia da maneira que precisa. Toda a sua produção está em Fortaleza/CE onde tem, segundo Lino, a mão de obra que transforma as suas ideias em roupas. O desfile conceitual, de acordo com ele, serve para abrir novas ideias em quem está assistindo. "Não é só para o seu produto, é para sua cabeça, para criar delírios", assinalou.
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