Exclusivo
12 de mai. de 2011
Isabela Capeto palestra no 'Moda Insights'
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12 de mai. de 2011
O segundo dia do 'Moda Insights' - evento promovido pela Universidade Feevale, em Novo Hamburgo/RS, e que aborda temas relacionados à moda e suas vertentes - trouxe para uma conversa aberta e informal, nesta terça-feira (10 de maio), a estilista carioca Isabela Capeto. Em pouco mais de uma hora, a criadora falou ao público, composto especialmente de estudantes da área, sobre sua trajetória no mundo da moda, seu início, as dificuldades e sua mais recente batalha: a recuparação de seu nome após a venda do mesmo ao grupo InBrands.
Isabela, que foi funcionária de grandes potências da moda brasileira por 15 anos, como Maria Bonita, Maria Bonita Extra e Lenny, começou seu negócio com pouco mais de R$ 5 mil. Com dificuldade e muito esforço, iniciou vendendo jaquetas e logo despontou no exterior, importando peças para a loja inglesa Browns. O estilo da estilista é bastante original, uma vez que seu trabalho se inspira em obras de arte, visitas à museus e nas tendências que vem das próprias ruas. "Às vezes as pessoas me perguntam se eu vou lançar tal calça que está na moda. E eu nem sei do que elas estão falando", aponta a designer, que foge dos ditames convencionais de moda.
Venda da marca
Para a designer, a venda de sua grife para a InBrands, em 2008, foi um processo bastante complicado. A estilista relata que muitos dos seus colegas de trabalho acabaram vendendo suas marcas, pensando que estariam repassando as mesmas para uma holding do porte do grupo LVMH - que administra grifes como Louis Vuitton, Moet & Chandon e Fendi, entre outras. Segundo ela, todos esperavam maior repercussão de seus negócios. Quando Isabela se deparou com um cenário onde precisava produzir com uma veia muito mais comercial do que artística, viu seus valores um pouco deslocados e se desencantou.
Foi quando iniciou sua batalha pela recuperação de sua marca homônima. Há cerca de duas semanas, ela venceu a luta. Hoje, Isabela comemora o fato e confessa que se deslumbrou na época. "Todos vendiam suas grifes. Eu apenas não quis ficar de fora ou para trás", aponta. Para quem acompanha o trabalho da estilista, não é difícil entender porque a parceria com a InBrands não funcionou. A deisgner é criativa e suas coleções estão muito baseadas em liberdade de expressão, trabalhos artesanais, que não estão nem um pouco ligados às obrigações estéticas do mercado.
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