AFP
22 de jul. de 2015
Hermès vê suas vendas saltarem mais de 20% no primeiro semestre
AFP
22 de jul. de 2015
A Hermès viu suas vendas saltarem 20,6% no primeiro semestre graças ao prosseguimento de uma forte dinâmica no Japão e a um efeito de câmbio que tem puxado a sua atividade.

Nos fins de junho, o volume de negócios do grupo ficou em 2,29 bilhões de euros, beneficiando-se de uma melhora do crescimento no segundo trimestre (+22% com taxas de câmbio correntes e +10% com taxas de câmbio constantes) contra respectivamente +19% e +8% durante os três primeiros meses do ano.
As vendas do segundo trimestre (1,177 bilhão de euros) estiveram ligeiramente superiores às previsões do consenso compilado pela fornecedora de serviços financeiros Factset, que contava com 1,168 bilhão.
A evolução das paridades monetárias foi favorável à fabricante dos célebres lenços de seda, com um impacto de 224 milhões de euros no volume de negócios semestral. Antes de levar em conta este impacto, as vendas exibiam um avanço de 8,8% no período.
O volume de negócios avançou em todas as regiões geográficas, uma vez que o Japão exibiu 27,2% de alta nas vendas (+20,5% com taxas de câmbio constantes) nos fins de junho.
A Ásia em seu conjunto conquistou um bom desempenho, com vendas que totalizaram 1,12 bilhão de euros, ou seja, um avanço de 27% em relação ao período do ano anterior (+10,3% com taxas de câmbio constantes), apesar de um contexto que segue "difícil" em Hong Kong e Macau, sublinha a Hermès.
O continente Americano "confirma seu potencial de crescimento" com um volume de negócios em progressão de 31,7% (+10,3% com taxas constantes), ao passo que a Europa alcançou "uma bela performance" de +8,3% (+6,8%).
A Hermès, que deve publicar em 28 de agosto seus resultados semestrais, avisa já que está considerando uma rentabilidade operacional "em ligeira retração em relação àquela do primeiro semestre de 2014, em razão do enfraquecimento do euro".
"Apesar das incertezas econômicas, geopolíticas e monetárias no mundo", a fabricante de artigos de marroquinaria aponta, no entanto, que vai manter seu objetivo "em médio prazo de avanço do faturamento com taxas de câmbio constantes da ordem de 8%".
Ao longo dos seis primeiros meses do ano, a atividade de Marroquinaria e Selaria, a principal do grupo, foi "notável" (+14% em dados constantes), "sustentada pelo aumento das capacidades de produção e pelo início da construção das duas novas manufaturas na região francesa de Franco-Condado".
Os Vestuários e Acessórios "beneficiam-se do sucesso das últimas coleções", com um avanço de 8%, enquanto a atividade de Seda e Têxteis vê suas vendas aumentarem 5% e os Perfumes, 4%.
A Relojoaria segue em ligeiro recuo de 1% "num ambiente geral de retração da indústria relojoeira", resume a Hermès.
Em 2014, o grupo transpôs pela primeira vez a barreira dos 4 bilhões de euros de vendas.
Na passada segunda-feira, a Hermès, que emprega mais de 12.000 pessoas no mundo, das quais 7.200 na França, anunciou que ia aumentar a capacidade de produção de 2 das suas plantas dedicadas à marroquinaria para fazer frente ao crescimento das vendas e, assim, criar por fim 200 empregos.
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