Tal como havia adiantado o FashionMag no passado mês de fevereiro, a Desigual encerrou 2015 com uma faturação de 933 milhões de euros (cerca de 3.817 bilhões de reais), o que representa uma queda de 3% em relação ao ano anterior, informou a companhia de moda nesta quarta-feira em um comunicado.

A empresa apontou que estes resultados obedecem à moderação nas vendas e à limitada contribuição de vendas adicionais por parte das lojas abertas no último semestre do ano passado.
 
O resultado bruto de exploração (Ebitda) se situou em 200 milhões de euros (cerca de 819 milhões de reais), o que representa uma queda de 24% em relação ao exercício anterior, fundamentalmente como consequência da queda do faturamento e esforço de investimento realizado para a abertura de lojas, em especial no último trimestre de 2014, detalhou a companhia espanhola.

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O caixa líquido da Desigual alcançou 298 milhões de euros no fechamento do ano passado, ou seja, 75 milhões a mais do que na finalização de 2014.
 
Por países, Espanha e França registraram uma queda das vendas, enquanto o negócio fora dos mercados europeus – em especial na América Latina – teve um comportamento positivo, o que, segundo a companhia, evidencia o potencial da marca nessa região geográfica, que na atualidade representa 10% do seu faturamento total.
 
Plano de eficiência e transformação
 
A empresa está imersa em um plano de eficiência e num plano de transformação com os quais pretende fundamentar as bases para uma nova fase de crescimento; em 2015 a Desigual somou 21 novas lojas, número significativamente inferior às 100 lojas inauguradas em 2014.
 
Desde meados do ano passado, a Desigual está otimizando sua rede de venda em busca da rentabilidade, ação com a qual está levando a cabo fechamentos de lojas – no ano passado fechou 27 –, um processo que será mantido durante este ano.
 
Revisão do modelo
 
Nos próximos anos, a empresa de moda vai centrar-se em suas quatro categorias principais de produto – mulheres, homens, acessórios e infantil –, ao passo que deixará em segundo plano as outras quatro – perfumes, sapatos e roupa esportiva e têxteis para o lar –, e focalizará seus esforços nos quatro países que dominam 70% das suas vendas: Espanha, Itália, França e Alemanha.
 
Estas ações pretendem ser a base para o plano de transformação da marca, que será baseado na colocação do cliente no centro da atividade, enquanto até agora era o produto o principal elemento da Desigual.
 
A companhia ainda finalizou suas mudanças organizacionais com Thomas Meyer como responsável pelos produtos, além de manter-se como conselheiro delegado; Pierre Cuilleret, como responsável pelos clientes e canais, e Alberto Ojinaga como diretor corporativo.