
Bruno Joly
11 de jun. de 2014
Denim: exportações de jeans para Europa em alta de 8,6% em 2013

Bruno Joly
11 de jun. de 2014
A Messe Frankfurt, organizadora do encontro Texworld, acaba de publicar um estudo sobre o mercado do denim, sob a ótica das importações europeias. Duas lições a ser tiradas: um mercado em melhor forma que aquele do prêt-à-porter em geral e sobretudo que a China foi ultrapassada pela Turquia e por Bangladesh, mas isso em valor e não em volume de exportações.
Assim, em primeiro lugar, segundo dados Eurostat, a Europa dos 27, que conta com cerca de 505 milhões de habitantes, importou em 2013 aproximadamente 500 milhões de jeans por um valor total de 3,69 bilhões de euros.
Ao longo dos seis últimos anos, as importações de jeans dos países da UE viram a um crescimento anual médio de 5,3%, contra 2,2% para o total do vestuário.

Depois de um 2012 em baixa, o denim, sob a ótica das importações europeias, reatou com o crescimento no ano passado. Em 2013, elas avançaram 4,4% em valor e 8,6% em volume.
O segundo fato marcante, observado pelo estudo conduzido por Jean-François Limantour, consultor estratégico da empresa alemã de salões, dentre os quais o Texworld e o Intertextile: a posição da China.
O Império do Meio passa em um ano da primeira para a terceira posição em valor e é ultrapassado pela Turquia e por Bangladesh, que representam 22% e 21% das importações respectivamente, contra 19% para a China. O trio à frente, em valor, é seguido por Paquistão (11%), Tunísia (9%), Marrocos (4%), Camboja (3%), Egito (2%), Índia (2%), Vietnã (1%)...
Em volume, a China, que exporta para a União Europeia 142 milhões de peças de jeans, continua na primeira posição, mas não por muito tempo, uma vez que Bangladesh exporta 141 milhões de peças e Turquia, por outro lado, aproximadamente 47 milhões.
Mas, por unidade, ainda segundo o Eurostat, os seus jeans valem 4,97 euros contra 13,98 para a Turquia e 5,5 para Bangladesh. Em volume, as exportações provenientes da China, do Egito e Marrocos caíram 4,1%, 7,8% e 10,9% respectivamente. Os grandes ganhadores são Paquistão (+23,2%), Bangladesh (+20,6%), Camboja (+48%) e Vietnã (+22%).
Quanto aos países consumidores, a Alemanha é o mais atrativo dos mercados europeus importadores de jeans. Na realidade, este é o maior importador em valor e em volume (114 milhões de jeans importados em 2013), mas também um dos mercados que tem a mais forte taxa de crescimento (+7,2% ao ano desde 2005).
O segundo mercado é a Grã-Bretanha (499 milhões de euros e 74,4 milhões de jeans em 2013, com uma taxa anual média de crescimento de 2,5% há 8 anos). Ela é seguida pela Espanha que, depois de um crescimento anual médio bastante forte desde 2005 (+12,5%), alcançou um tamanho comparável ao da Grã-Bretanha, tanto em valor quanto em número de peças.
A França e a Itália têm um mercado de jeans importados que representa, em valor cada um, cerca de um terço daquele da Alemanha. O seu crescimento desde 2005 é relativamente fraco (taxa anual média de +1,9% para a França e de +1,8% para a Itália).
Porém, e isso não é uma surpresa, é a Itália que compra os jeans mais caros (15 euros por peça em 2013, a preço de atacado), seguida da Áustria (10,49 euros), Dinamarca (9,31 euros), Alemanha (8,77 euros), Suécia (8,17 euros).
Inversamente, os preços dos jeans importados na Espanha (6,66 euros por peça), na Grã-Bretanha (6,70 euros), na França (7,26 euros) ou em Portugal sugerem que os jeans importados por esses países são de uma categoria de gama sensivelmente mais baixa.
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