Asos tem aumento nas vendas e enxerga potencial de crescimento nos Estados Unidos e Europa

Por

Sandra Halliday

Traduzido por
Novello Dariella

Publicado em
13 de jul. de 2017

As vendas da britânica Asos nos últimos quatro meses continuaram subindo, embora à uma taxa ligeiramente menor que nos últimos períodos. Mas isso não representa um problema para a loja de moda online, já que todos os seus mercados estão em crescimento.

Segundo os relatórios da empresa, com os resultados dos últimos quatros, é possível observar que seus consumidores estão comprando e gastando mais do que nunca, especialmente em seus mercados fora do Reino Unido. Mas eles parecem estar muito conscientes dos preços e priorizam o valor.

A Asos informou que suas vendas totais no varejo aumentaram 32% para 660,1 milhões de libras e, apesar do enfraquecimento da libra, eles obtiveram um impulso de câmbio. Em base neutra em termos de moeda, eles ainda tiveram um forte aumento, com alta de 26%. As vendas no varejo do Reino Unido aumentaram 16% para 234,6 milhões de libras, um bom resultado em um mercado caracterizado por um consumidor cauteloso e um foco em necessidades, em vez de despesas discricionárias.

O segundo maior mercado, a UE, cresceu 41% para 196,6 milhões de libras, ou 30% em termos de moeda neutra. As vendas do varejo nos EUA — muitas vezes citado como um mercado difícil por ter muitas marcas mais high-end — aumentaram 38% para 94,4 milhões de libras, ou 26% em termos de moeda neutra. E os demais mercados  aumentaram 54%, à frente em 134,5 milhões de libras, ou 41% em moeda neutra. O total de vendas internacionais subiu 44% no período.

A empresa disse que manteve um forte relacionamento com seus consumidores, com 25% dos clientes ativos, sendo que o valor médio da "sacola" subiu 3%, a média de pedidos aumentou 6%, e a conversão subiu 10bps. O número total de pedidos enviados aumentou 28% para quase 17 milhões.

No mês passado, seus sites atraíram 146 milhões de visitas e eles tiveram 15 milhões de clientes ativos, dos quais 5,2 milhões localizados no Reino Unido e 9,8 milhões no exterior.

CRESCIMENTO MAIS LENTO

No entanto, até a Asos observou uma ligeira desaceleração. Junto com a divulgação dos números dos últimos quatro meses, a empresa também informou os valores dos 10 últimos meses e, enquanto as vendas no Reino Unido aumentaram 16% no período mais recente, elas tiveram aumento de 17% nos últimos 10 meses (até 30 de junho). Da mesma forma, as vendas da UE nesses 10 meses foi 4% superior em moeda neutra, em relação aos quatro últimos meses. Nos EUA, o resultado foi 7% maior e no restante do mundo 6%.

A margem bruta do varejo se manteve a mesma em relação ao ano anterior, sugerindo que a empresa está mantendo os preços para ganhar negócios. O CEO Nick Beighton também fez uma referência à essa estratégia em uma declaração dizendo: "O forte impulso das vendas da H1 continuou durante o terceiro período, apoiado pelo nosso investimento contínuo na proposta oferecida aos nossos clientes e no preço".

Mas, apesar dos últimos quatro meses terem sido mais fracos que os últimos seis, não se pode negar que a Asos está mantendo bons resultados. Mesmo no ambiente mais desafiador, a varejista online está gerando um nível de crescimento de vendas que muitas cadeias de lojas físicas devem certamente invejar.

Os resultados são apoiados não apenas pelo produto, mas pelo que está acontecendo internamente, com atualizações tecnológicas contínuas e a transição da Fase 1 para o seu depósito Eurohub 2, agora operacional, e a fase 2 em andamento. Os seus planos de logística não só aumentarão suas vendas européias, mas também seu negócio nos EUA.

Beighton acrescentou: "Este bom desempenho foi impulsionado por avanços em todas as áreas do nosso negócio, incluindo varejo, tecnologia, armazenagem, soluções de entrega e atendimento ao cliente. Nós fizemos uma leve transição para a nossa nova unidade Eurohub 2 na Alemanha e, em breve, teremos um novo centro logístico nos Estados Unidos".

O que isso significa para os lucros? Boas notícias, é claro. Para o atual ano fiscal é esperado um aumento nas vendas superior à faixa de 30% a 35%, com lucros antes de impostos “alinhados com o consenso do mercado".