Agência LUSA
2 de dez. de 2013
Amazon prepara-se para entregas em 30 minutos com drones
Agência LUSA
2 de dez. de 2013
Nova York – A Amazon está se preparando para fazer entregas em 30 minutos nos grandes centros urbanos recorrendo a drones, anunciou o presidente da empresa durante uma entrevista ao programa de televisão da CBS "60 Minutes". "São realmente drones, mas não há razão para que não possam ser usados como veículos de distribuição" dos produtos que o popular site norte-americano vende, disse Jeff Bezos durante a entrevista, na qual explicou que esta ideia pioneira tem algumas limitações.
Além das questões de segurança que têm de ser preparadas, "para garantir que o drone não aterrisse em cima da cabeça de ninguém", a Amazon terá também de obter autorização do órgão norte-americano regulador da aviação, as encomendas não podem ter mais de 2,3 quilos, o que cobre 86% das encomendas, e o raio de distância entre o ponto de partida e de entrega do drone não pode passar dos 16 quilômetros, o que não é particularmente preocupante, visto que essa distância cobre a grande maioria das áreas urbanas.
"Parece ficção científica, eu sei, mas não é", garantiu o presidente de uma das maiores empresas de varejo dos Estados Unidos, argumentando que, até do ponto ambiental, é melhor um drone elétrico que "milhares de caminhões indo para cima e para baixo".
O drone, que funciona como um inseto gigante com um cesto preso às "patas", recebe a ordem por via eletrônica, vai ao depósito buscar a encomenda, e levanta voo para o destino indicado por GPS. Ao chegar lá, desce verticalmente, deposita a encomenda no local e retorna à base, explicou o presidente da Amazon, acrescentando que esses drones vão estar "prontos para operações comerciais assim que os regulamentos estiverem preparados".
A autorização para essas e outras operações com drones não deverá estar disponível nos próximos 4 ou 5 anos, até porque a utilização de drones tem sido objeto de grande debate nos Estados Unidos, preocupados com as implicações na área da segurança e da privacidade dos cidadãos.
"As empresas têm uma vida curta, e a Amazon vai ser abalada um dia", disse Jeff Bezos, acrescentado que "adorava que isso acontecesse depois de eu morrer".
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