Vittorio Fiorio é o novo General Manager South Europe da Alpargatas

Por

Elena Passeri

Traduzido por
Novello Dariella

Publicado em
24 de fev. de 2020

Vittorio Fiorio foi nomeado General Manager South Europe (Itália, Grécia, Malta e Balcãs) da Alpargatas.  O executivo italiano assume as rédeas do desenvolvimento e crescimento de varejo e atacado da região EMEA da Havaianas, após dez anos de direção de Michele Pittureri.

Vittorio Fiorio, nascido em Turim, iniciou sua carreira na indústria da moda em 1997 na BasicNet SpA, onde permaneceu por oito anos e, em seguida, trabalhou durante três anos na Nike Inc. Posteriormente, ele ingressou na Alpargatas em outubro de 2008, onde foi Distributors Manager da Havaianas EMEA, e depois Diretor Comercial e Diretor de Desenvolvimento de Negócios EMEA, baseado em Madri. Em seu novo cargo, o gestor se ocupará do crescimento da Havaianas, tanto no atacado quanto no varejo e ficará baseado em Bolonha, Itália, onde está localizado o escritório italiano da empresa brasileira desde 2009.

"Eu trabalho na Alpargatas há 12 anos e é realmente uma motivo de orgulho para mim ter alcançado esse marco dentro de um grupo tão representativo, inclusive porque a região da qual irei me ocupar é realmente importante para nós, uma vez que representa 30% das vendas na EMEA", explicou Vittorio Fiorio ao FashionNetwork.com. “Temos objetivos ambiciosos, tanto do ponto de vista de distribuição quanto de produto. Na Grécia, por exemplo, abriremos nossas duas primeiras lojas monomarca com gestão direta em Atenas e Thessaloniki até o verão de 2020. Na Itália, onde temos cerca de vinte lojas (três quartos são sazonais de março a setembro nos principais pontos turísticos do verão) estamos estabelecendo parcerias com importantes players: para a primavera-verão 2020, lançaremos um produto unissex exclusivo com AW Lab, disponível em 8 cores. Uma estratégia que visa atingir até consumidores muito jovens e elegantes, focados em streetwear. Também lançaremos uma nova colaboração com a Pull&Bear (marca pertencente ao grupo Inditex), visto que tivemos sucesso com a iniciativa de 2019. Iremos disponibilizar novamente uma pequena seleção de produtos Havaianas nas lojas da marca na Europa durante no verão de 2020".

Outro objetivo da empresa brasileira para o futuro próximo, cujos chinelos agora são ícones incontestáveis ​​em todo o mundo, é a criação de alguns modelos usáveis não apenas na praia. "Por esse motivo, nos próximos anos iniciaremos colaborações com marcas urbanas e de nicho, para renovar nossos chinelos com um toque mais moderno e mais streetwear", revelou Fiorio.

A Alpargatas, que lançou a Havaianas em 1962, é uma das maiores fabricantes de calçados do mundo, com mais de 25.000 funcionários. Sediada em São Paulo, Brasil, possui escritórios em Madri, Lisboa, Paris, Bolonha, Düsseldorf, Londres e Atenas (com cobertura de 15 mercados europeus). Na região EMEA, a empresa possui cerca de 180 lojas sazonais, de gestão direta e franquias, e deseja criar a loja Havaianas do futuro. A primeira com esse novo conceito, que permite interagir cada vez mais com o consumidor final, principalmente por meio de ferramentas digitais na loja, será inaugurada nesta primavera em Londres.

Em 2019, a empresa registrou receita líquida de 3,7 bilhões de reais (777 milhões de euros), um aumento de 10% em relação ao ano anterior, e uma crescimento de 1,2 pontos percentuais na margem EBITDA, que totalizou 619 milhões de reais (130 milhões de euros, um aumento de 18,3% em relação a 2018). O lucro líquido recorrente aumentou para 432 milhões de reais (90 milhões de euros, +29,5%) e fluxo de caixa foi de 389 milhões de reais (mais de 81 milhões de euros). No quarto trimestre de 2019, a receita líquida do grupo brasileiro cresceu 5,6% em relação ao mesmo período de 2018, atingindo 1,1 bilhão de reais (231 milhões de euros) e o EBITDA recorrente foi de 249 milhões de reais ( 52 milhões de euros, +16,7%), com margem de 21,8%. As vendas de Havaianas e Osklen na categoria consumidor direto (DTC = vendas para lojas homogêneas + comércio eletrônico) aumentaram 18% e 8%, respectivamente, no Brasil no ultimo trimestre do ano.