Vestiaire Collective arrecada mais fundos e avaliação sobe para 1,45 bilhão de euros
O site francês de revenda de luxo, Vestiaire Collective, angariou mais 178 milhões de euros (209 milhões de dólares) em novos financiamentos, seis meses após uma rodada de financiamento anterior. Isto significa que a empresa está agora avaliada em 1,45 bilhão de euros (1,7 bilhão de dólares).

Os nomes dos que participaram desta última rodada ilustram quão grande é o potencial que alguns apostadores gigantes veem na revenda de luxo, incluindo o SoftBank Vision Fund 2 e Al Gore's Generation Investment Management. O financiamento também contou dinheiro injetado por um novo grupo de investidores, nomeadamente pelo Bpifrance, Condé Nast, Eurazeo Group e Naver-backed Korelya Capital.
Em março, a empresa arrecadou uma quantia semelhante de nomes como Tiger Global e a Kering.
Então, para que será utilizado o dinheiro? Para a expansão, claro. A empresa quer avançar para novos mercados e também desenvolver as suas funções tecnológicas e credenciais de sustentabilidade com relatos de que tem firmemente apostado no crescimento asiático.
O CEO Maximilian Bittner foi citado pelo Business Times, dizendo: "Precisamos de ter a certeza de que estamos prontos para a Ásia, e não o contrário. Os consumidores asiáticos são hoje os compradores de comércio eletrónico mais sofisticados do mundo".
E, desse ponto de vista, o facto de a Softbank estar a bordo pode ser crucial. O Softbank, sediado no Japão, que é também um investidor-chave no The Hut Group, do Reino Unido, é um grande investidor por trás de uma série de empresas que utilizam a tecnologia para perturbar os seus setores e para crescer globalmente.
O site Vestiare Collective afirmou que a região Ásia Pacífico é o seu mercado de crescimento mais rápido com aumento de 150% em encomendas nos últimos 12 meses. O total de encomendas cresceu 90% em todo o mundo e também duplicou no principal mercado dos EUA.
Um relatório de 2020 do Boston Consulting Group estimou o mercado global de revenda em cerca de 40 bilhões de dólares e um outro relatório da GlobalData, encomendado pela ThredUp, concorrente do setor Vestiaire, disse que as vendas globais de artigos em segunda mão poderiam valer 77 bilhões de dólares até 2025, embora a rentabilidade seja um problema para alguns que operam no setor, como demonstrou recentemente a queda do Reebonz, sediado em Singapura.
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