30 de jan. de 2019
Vendas do varejo brasileiro crescem em 2018 pela 1ª vez desde 2014
30 de jan. de 2019
Descontada a inflação, o varejo brasileiro cresceu 2,5% em 2018 em comparação ao ano anterior, segundo dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado, que acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro de acordo com a sua receita de vendas. Desde 2014, de acordo com o indicador da empresa de meios de pagamento, o varejo não apresentava resultados positivos.
“O resultado de 2018 ratifica a trajetória de recuperação do varejo, conforme observamos no decorrer do ano”, destaca Gabriel Mariotto, diretor de Inteligência da Cielo.
Para o executivo, no entanto, o resultado poderia ter sido melhor ainda. Ele complementa que “(O crescimento veio) mesmo com eventos que impactaram o resultado do ano, como a paralisação dos caminhoneiros e a Copa do Mundo, o varejo acelerou e fechou o ano com o maior crescimento desde 2014”.
Segundo a companhia, todos os setores do varejo nacional registraram crescimento de vendas em 2018. Com 4,6%, o setor de bens não duráveis foi o que mais cresceu em comparação a 2017 graças aos supermercados e hipermercados. A má notícia vem para o setor de vestuário, que teve um desempenho fraco e acabou limitando o grupo de bens duráveis e semiduráveis. Mas apesar disso, o grupo teve uma renda líquida de 1,1% (quando a inflação é abatida), motivada pelos mercados de móveis, eletro e lojas de departamento.
Mariotto lembra que o consumidor priorizou as compras em datas comemorativas de 2018. “Datas como Dia das Mães, Dia dos Pais, Black Friday e Natal, por exemplo, tiveram crescimento acima do ritmo de seus respectivos meses”.
Ao crescer 2,9% em relação ao mesmo período em 2017, o segundo semestre de 2018 bateu o índice mais alto atingido até então em 2014. Já em termos nominais, em comparação ao ano anterior, a inflação em 2018 contribuiu um pouco para o crescimento de 6,7% no mesmo período, acelerando em comparação ao primeiro semestre.
Já serviços teve crescimento de 0,7 por cento, puxado pelo setor de turismo e transporte, enquanto a área de bares e restaurantes mostrou queda.
As regiões que mais apresentaram alta, pelo ICVA deflacionado, foram: Sul (6,6%), Norte (6,6%), Centro-Oeste (5,3%). Enquanto Nordeste e Sudeste tiveram os menores crescimentos com 3,6% e 1,5% respectivamente.
Porém, quando o desconto da inflação não é considerado, as regiões com os melhores desempenhos são as regiões Norte (8,1%), Sul e Centro-Oeste, ambas com crescimento de 8,0%. Nordeste e Sudeste ficam com 7,4 e 6,3 respectivamente, apresentando os menores crescimentos nominais.
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