Reuters
Estela Ataíde
21 de ago. de 2018
Vendas da Kate Spade impulsionam previsões da Tapestry
Reuters
Estela Ataíde
21 de ago. de 2018
A publicidade em torno da morte prematura da estilista americana Kate Spade trouxe a clientela de volta à sua marca de bolsas, resultando num aumento de 31% nas vendas no quarto trimestre para o seu novo proprietário, a Tapestry, cujas ações saltaram 12% na terça-feira na Bolsa de Valores de Nova Iorque.
A Tapestry, anteriormente conhecida como Coach, divulgou também previsões de vendas melhores do que o esperado, apoiadas pela forte demanda por bolsas coloridas e excêntricas, bem como o aumento dos lucros devido à redução dos descontos e promoções.
Kate Spade, que construiu um império da moda propondo acessórios que ofereciam luxo acessível aos jovens nova-iorquinos, cometeu suicídio em junho passado no seu apartamento de Nova Iorque, aos 55 anos. Em 2006, Spade vendeu a sua participação na empresa e, desde então, retirou-se completamente da sua marca.
"O nosso site de comércio eletrônico, assim como as nossas vendas em loja, refletiram a reação forte e imediata dos nossos clientes fiéis à trágica notícia da morte da fundadora da nossa marca", declarou Anna Bakst, diretora geral da marca, durante uma teleconferência com analistas.
A aquisição da Kate Spade permitiu que a Tapestry expandisse o alcance da sua atividade no universo das bolsas, que anteriormente estava direcionada para mulheres mais velhas.
As vendas da Kate Spade deverão registrar uma progressão de dois dígitos em 2019, antecipa o diretor financeiro Kevin Wills, acrescentando que as vendas comparáveis nas lojas da marca deverão retomar o crescimento no segundo semestre do ano.
No entanto, as vendas da marca Coach decepcionaram em comparação com as estimativas dos analistas, apesar de terem subido quase 5%, para 1,10 bilhões de dólares.
Para o exercício completo, a Tapestry prevê vendas na ordem de 6,1 a 6,2 bilhões de dólares, superando a estimativa média dos analistas, que apontavam para 6,08 bilhões de dólares, segundo a Thomson Reuters.
Kevin Wills declarou que a Tapestry está monitorando atentamente o impacto das potenciais taxas alfandegárias sobre as importações chinesas, observando que menos de 5% das bolsas da empresa foram produzidas na região.
Excluindo eventos excepcionais, o grupo registrou um lucro de 60 cêntimos por ação, 3 cêntimos acima da estimativa geral.
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