
Chenu Alexis
12 de dez. de 2022
Strass, rock e champanhe no desfile da Celine em Los Angeles

Chenu Alexis
12 de dez. de 2022
A empresa Celine e seu icônico diretor, Hedi Slimane, reuniram seus convidados na quinta-feira, 8 de dezembro, em Los Angeles, para o desfile de inverno 2023 da marca. A noite foi repleta de strass e rock, e os convidados dançaram até as 2h da manhã.

Munido de uma pulseira e de um convite para o evento, era preciso ir ao Wiltern Theatre em Koreatown, que foi fechado para a ocasião. Um local cultuado, um templo de Art Déco desde 1931, conhecido pelos moradores de Los Angeles pelo seu edifício de cerâmica turquesa e, acima de tudo, por ter acolhido todas as grandes estrelas, de Prince a James Brown, sem esquecer Nina Simone, Bob Dylan, o Rolling Stones, Amy Winehouse, Patti Smith ou Madonna, mais recentemente.
Sob o grande logotipo da Celine, o teatro recebeu os convidados em seu saguão, com sua sublime decoração dos anos 1930, para drinks pré-show com um quiosque de doces Celine. Entre a multidão, um cheiro de couro, o espírito do rock levemente impregnado, e champanhe. Mas também batom preto nos lábios, o clássico casaco de couro com tachas, vestidos pretos, de preferência curtos, jaquetas de lamé, pele de raposa e coelho, cabelos longos, um toque de oncinha, leggings em couro e óculos escuros em abundância.

Nas primeiras filas, o ator Austin Butler, astro da cinebiografia de 'Elvis', ficou ao lado da sublime modelo Kaia Berger e da família Crawford, e do rapper Kid Cudi, todos prontos para assistir ao desfile de vinte minutos lançado ao som da faixa "Hello Operator", de White Stripes.
No palco, uma coleção "muito Celine", perfumada West Coast, Laurel Canyon e Hollywood Hills, skinny jeans, calções, calças e jaquetas de couro justas, combinadas com chapéus Fedora e botas em couro macio ou com franjas, gravatas Lamé e jaquetas, peles artificiais sobre jeans, gabardinas estilo parisiense, ternos de veludo vermelho, capas e silhuetas, sempre acompanhadas de bolsas e óculos escuros.
A coleção masculina, também presente, retomou os fundamentos caros a Slimane, ou seja, o jeans skinny preto, usado com casaco três quartos, gravata soltinha ou miniblusão de couro e bota, e com novas combinações com jaquetas de lamê dourado ou prateado. Miçangas, paetês e glitter estiveram muito presentes na terceira parte de uma coleção com um assertivo toque de tapete vermelho, com minissaias, terninhos, casacos e fantasias.

O capítulo final abriu com os vestidos de noite de Celine, muito aguardados em Los Angeles, longos em cetim preto ou estampados, sobre um sublime smoking preto feminino com uma grande gravata borboleta, antes da saída agrupada de 13 modelos em vestidos em trajes de noite de lamé dourado ou prateado, um aceno para a 'Golden Age' de Hollywood, para Marilyn e para a brilhante e ensolarada Califórnia.
Depois que o show acabou, os convidados retornaram ao foyer do teatro para provar as pizzas pré-embaladas da Celine e se reunir no glamoroso bar dourado do porão, enquanto os astros convidados de Hedli Slimane subiam ao palco. O programa foi mais do que excepcional.
O primeiro a entrar em cena, o indestrutível Iggy Pop (75 anos), sem camisa em dois segundos, interpretou seus clássicos, entre eles "The Passenger", seguido dos Strokes, que surgiram nos anos 2000, ao mesmo tempo que Hedi Slimane, e amplamente fotografados por este último, antes da passagem do grupo nova-iorquino Interpol e The Kills para concluir.

Às 2 horas, o Wiltern Theatre ainda estava cheio, com um pouco de suor, fumaça de cigarro na sala e um pouco de batom preto borrado. A festa foi um sucesso. Parabéns, Hedi Slimane.
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