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UseFashion
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15 de jun. de 2011
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SPFW: balanço 2º dia
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15 de jun. de 2011
15 de jun. de 2011
O 2º dia de São Paulo Fashion Week foi também o mais longo desta temporada até agora. Nada menos que 7 desfiles, começando pela luxuosa apresentação de Reinaldo, bem no início da tarde, e finalizando com o otimismo tropical da Triton. Para deixar a data marcada de vez no calendário, Herchcovitch elegeu musas delicadas em clima de coquetel chique e pôs o lado hard para descansar.
Reinaldo Lourenço
Como já é tradição, sala montada na FAAP abrigou o desfile de Reinaldo Lourenço. A apresentação abriu com belos vestidos explorando transparências, de maneira que partes opacas da modelagem, busto e ombreiras, pareciam suspensas no vazio. O mesmo recurso foi usado por Pedro Lourenço, filho de Reinaldo, no desfile de Paris. Na sequência, a coleção que homenageia o arquétipo feminino, os anos dourados, Liz Taylor, seios e sobretudo diamantes, segue em frente com sofisticados mosaicos de couro, ora em listras ora em hexágonos partidos. Também traz camisaria excelente e boas calças de alfaiataria. Não termina sem passar por modelos estampados, a parte mais fraca da coleção.
Movimento
Inspirada no universo da pintura, a coleção embarca com estamparia variada, gestual e colorida sem deixar espaço em branco no rico desdobramento do beachwear. Arte abstrata, florais e coqueiros tomaram conta da marca. As formas são leves, com volumes, recortes e babados aplicados em maiôs decotados, no busto franzido de biquínis e tramas e drapeados discretos nas laterais das calcinhas. Em geral, as partes inferiores ou são minúsculas ou hotpants.
Alexandre Herchcovitch
Faro fino o do Alexandre. Em guinada espetacular, ele põe para dormir o passado negro e faz uma visita inspirada naquilo que se tornou o arquétipo feminino na era pós Dior. Espere por vestidos mais delicados, de cintura marcada e com saias ora secas ora rodadas, deliciosa cartela de tons pálidos, bordados, laços, brocados e cristais. Se você acha que esse não é bem o mundo de Alexandre, relaxe e deixe-se levar neste passeio pela atmosfera rarefeita de jardins elegantes e coquetéis cinematográficos. Interessante é fazer isso guiado pelas mãos de quem conhece bem o outro lado da coisa.
Cori
Em linha tênue entre o bem comportado e a boa informação de moda global, a Cori apresentou coleção balanceada, recheada de peças vendáveis, nas proporções corretas e em combinações que deixam qualquer garota pronta para ir ao mundo real. O ponto de partida é o tênis (o esporte), mas a abordagem escapa dos clichês preservando o essencial, com plissados e godês discretos e linhas dinâmicas. Apresentação leve e segura.
Iódice
Citando a primavera como tema, a Iódice reuniu muito branco, um pouco de azul e verde-lima, mas reservou mesmo a cor para as estampas florais. Os shapes são a cara da marca, com vestidos curtos e longos e barras assimétricas, em tecidos que valorizam o movimento e cortes que revelam o corpo. A dose extra de leveza e romantismo fez bem à receita sexy da Iódice.
Jefferrson Kulig
“Atramadaforma” é a palavra composta por Kullig para traduzir o exercício de unir uma coisa e outra, mais estampas e variedade de materiais, de maneira que qualquer hierarquia deixe de fazer sentido. Texturas e acúmulo de elementos conduzem a coleção que opta por formas mais soltas do corpo e oposições entre áreas lisas e estampadas. Isso funciona nos vestidos e conjuntos de saia e blusa do início, até que, então, as estampas e texturas entram em conflito.
Triton
O Tropicalismo e a Califórnia do tema se realizam nas estampas, no colorido, no otimismo e em algumas texturas. De resto, interessante opção por formas simplificadas, algumas em tecidos armadinhos, que conferem um jeito particular de abordar referências do momento.
Fotos: © Agência Fotosite
Eduardo Motta
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