Agencia Brasil
26 de nov. de 2015
Siga 4 passos para sobreviver à Black Friday 2015
Agencia Brasil
26 de nov. de 2015
Esta sexta-feira, 27, é dia de ficar atendo em busca de uma mega promoção de produtos, seja aqueles vendidos pela Internet, seja em lojas físicas de todo o país. A ação do comércio é inspirada na chamada Black Friday, tradicional data de liquidação nos Estados Unidos, que acontece todos os anos na primeira sexta-feira depois do dia de Ação de Graças.
No Brasil, a data é realizada na última sexta-feira de novembro e ainda gera muita dor de cabeça aos consumidores. Para que o evento comercial não se torne um dia mal-assombrado literalmente, montamos um breve passo a passo com dicas feitas por especialistas desde 2010, quando o evento foi importado ao Brasil.
1º PASSO é INFORMAR-SE, conferindo atentamente o Código de Ética para a Black Friday e lojas aprovadas pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.
Em síntese, o documento diz que as lojas se comprometem a não realizar ofertas falsas e a divulgarem o preço real do produto. No entanto, há empresas não idôneas e mapeadas por entidades como a Proteste.org.br ou a Serasa Experian.
Ao entrar no site dos dois órgãos, é possível consultar o CPNJ e o nome fantasia da empresa e conferir se ela está com tudo em dia com a Justiça e, principalmente, com o cliente.
2º e 3º PASSOS continuam sendo os mais eficientes. PESQUISE e COMPARE ofertas dos sites antes e durante a Black Friday.
Em alguns sítios web, os consumidores reclamaram das promoções que seguiam a fórmula "a metade do dobro". Quer dizer, as lojas, que vendiam normalmente um produto por R$ 100 aumentavam para R$ 200 na véspera e depois ofereciam 50% de desconto na sexta-feira, vendendo pela "bagatela" de R$ 100.
Saiba como fugir da Black Fraude
Ok, comparar é a melhor saída. Mas como?
Uma forma simples de saber se os produtos estão com preços realmente promocionais é pesquisa-los em pelo menos 3 estabelecimentos diferentes, com antecedência de pelo menos duas semanas. Mas, se você esquecer de pesquisar com antecedência, há outras soluções. A Internet é bem criativa e existem diferentes sites que listam o histórico de preços.
Os serviços são gratuitos, mas ganham com propagandas. E como a ideia deste passo a passo não é fazer publicidade para ninguém, basta você acessar algum buscador de sua preferência (Google, Bing, Yahoo etc.) e colocar as seguintes palavras-chave: 'buscar desconto', 'comparar histórico de preços'. Certamente você vai encontrar diversos sites que oferecem esse serviço e que poderão te ajudar a mostrar os preços de um produto nos últimos dias e meses antes da promoção.
Diferente do que ocorreu sobretudo em 2012, a Black Friday brasileira não é mais vista apenas como uma grande jogada de marketing sem efeitos reais de economia para o bolso do consumidor. Logo, você vai poder encontrar preços convidativos. Mas, espere: todos sabemos que comprar por impulso pode doer muito no bolso no futuro.
Por isso, nosso 4º PASSO é REFLITA bem e avalie se seu orçamento contempla a compra de determinado produto e se você realmente precisa dele.
Dicas para fugir da Black Fraude
Há comerciantes que usam a Black Friday para se aproveitar da boa-fé dos consumidores: vender vantagens e entregar problemas. A coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci, deu dicas estratégicas para evitar que essa data se transforme em uma verdadeira 'black fraude'.
Algumas lojas aumentam os preços às vésperas da Black Friday para depois conceder um "desconto" fictício. Quem está interessado em aproveitar preços menores deve fazer uma lista prévia do que deseja adquirir durante a promoção com os preços médios, marca e características do produto. Assim, durante a promoção, fica mais fácil avaliar se o desconto é de fato vantajoso;
Outra dica de Maria Inês é comprar apenas em sites confiáveis, preferencialmente aqueles com os quais o consumidor já teve experiências bem-sucedidas. O risco é pagar pelo produto e depois não receber.
Por causa do grande volume de compras, muitos sites atrasam o prazo de entrega previsto inicialmente. O consumidor deve estar atento ao prazo informado e imprimir o pedido. Não feita a entrega, o consumidor pode denunciar nos órgãos de defesa do consumidor;
Mesmo seguindo as dicas para uma compra segura, Maria Inês Dolci alerta para o risco do endividamento, já que muitas pessoas adquirem produtos mesmo sem necessidade.
Por fim, vale lembrar que o fato de a compra ser feita em uma liquidação não elimina os direitos dos consumidores. Permanece o prazo de 30 dias para reclamar de defeitos, caso o produto seja não-durável, e 90 dias para reclamar caso o produto seja durável.
Além disso, pode-se devolver compras feitas pela internet até sete dias após o recebimento do produto, independente do preço ou da ocasião da compra.
Ah, outra coisa que muitos não sabem é que em qualquer compra feita on-line, o consumidor pode desistir desta dentro de 7 dias, a partir da data efetiva de entrega do produto.
Copyright © 2024 Agência Brasil. Todos os direitos reservados.