Após um excelente ano de 2010 apesar da crise, o volume de compras feitas por turistas na França só tem crescido ainda no rastro do bom desempenho do ano passado. Se o gasto médio não aumentou mais que 5%, o número de transações cresceu 20%, puxando uma alta de 26% no volume gerado.

Uma progressão bem além daquela constatada em 2010 pelo gabinete Global Blue, que analisa cada ano a evolução do setor. Em cinco anos, mudou o retrato dos turistas adeptos de compras. Compartilhada entre japoneses e americanos há cinco anos, atualmente, o volume de negócios é largamente dominado pelos visitantes chineses. Eles representam 26% do total, diante dos 21% da zona da Ásia, excluindo Japão e China. Seguidos da Rússia, do Japão e dos Estados Unidos.

Entre as surpresas de 2011, o volume de negócios gerados pelas compras de turistas japoneses não baixou. Apesar das previsões, o volume aparece em alta de 15%. Por um lado, os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) representam 41% das vendas líquidas, contra 20% há cinco anos.

E na Rússia, uma mudança de lei deverá acentuar o fenômeno: as importações de mercadorias deverão ser declaradas a partir de 10 000 euros, contra 1 500 anteriormente.

Paris concentra apenas 76% dos aquisições isentas de impostos da França. A margem direita representa 95% do capital, com a maioria dos clientes chineses. Um lugar antes ocupado pelos americanos e japoneses, que agora preferem a margem esquerda, como os brasileiros. Mas a Ile-de-France (fora de Paris) consegue tirar partido do jogo: em cinco anos, sua participação no volume de negócios passou de 7 para 10%. Uma progressão atribuída ao outlet La Vallée Village em Marne-la-Vallée, rapidamente notado pelos turistas entusiastas de compras. Com 7% do valor nacional, a Riviera conhece a evolução da origem dos turistas: se a presença russa continua numerosa, a percentagem de turistas chineses já ultrapassa a de americanos.

“Estamos otimistas para 2012, após um crescimento de 26% em janeiro e fevereiro”, explica Eric Noyal, gerente geral da Global Blue. “Entretanto, não se deve esperar por um crescimento sempre tão forte”, ele advertiu. Mas, para o gabinete, a futura etapa de crescimento poderá ser os ‘Civets’ (Colômbia, Indonésia, Vietnam, Egito, Turquia e África do Sul), que atualmente preparam sua entrada no “top 20 das nacionalidades que fazem da França seu destino de compras preferido”.