Setor de beleza continua crescendo no Brasil

O setor de beleza continua crescendo no Brasil, apesar do país ter caído da terceira para a quarta posição no ranking mundial, atrás dos Estados Unidos, China e Japão, respectivamente, devido à situação econômica.

De acordo com a revista Exame, a indústria de higiene e beleza brasileira cresceu mais que a economia do país, registrando um faturamento de 102 milhões de reais em 2017, um aumento de 3,2% em relação ao ano anterior, sendo que o PIB cresceu 1%. Para 2018, a previsão é de aumento de de 3,8% na receita, para 106 milhões de reais.

A explicação para esse crescimento, segundo Artur Grynbaum, presidente do Grupo Boticário, se deve ao fato de que "as pessoas querem aumentar a autoestima principalmente quando a vida está mais dura”, como no caso de uma crise econômica, como a enfrentada pelo Brasil nos últimos anos, e o preço de um produto de beleza é acessível. O Grupo Boticário cresceu 7,5% no ano passado, atingindo 12,3 bilhões de reais, mais do que o dobro do previsto pelo mercado.

Flavia Bittencourt, CEO da Sephora no Brasil, compartilha da mesma percepção que Artur Grynbaum: “As pessoas querem se sentir bem consigo mesmas e os produtos de beleza demandam pouco investimento e grande impacto na autoestima.”, diz a executiva.

Muitas empresas de cosméticos estão adotando novas estratégias e investindo em tecnologia e inovação para atrair mais consumidores em períodos de crise, renovando modelos comerciais, como o caso da Natura, conhecida pela venda direta, e que vem focando na abertura de lojas físicas, e no digital. Segundo Artur Grynbaum, o digital permite ao consumidor adquirir produtos com preços mais baratos sem perder qualidade.

Segundo a ABIHPEC o comércio externo de produtos de beleza e higiene também tem registrado bom desempenho, com superávit comercial acumulado de 9,6 milhões de dólares entre janeiro e fevereiro, um crescimento de 16,5%.

Setor de beleza continua crescendo no Brasil

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