14 de fev. de 2017
Setor brasileiro de franquias cresce 8,3% em 2016
14 de fev. de 2017
O setor de franquias conseguiu registrar crescimento de 8,3% no ano passado. O resultado que ficou acima da inflação oficial de 6,3% no mesmo período e um desempenho expressivo diante da queda histórica de 6,2% verificada pelo varejo nacional em 2016. O resultado também ficou acima da projeção, que era de 6% a 8% de crescimento.
Ao todo, o setor faturou R$ 151 bilhões, segundo divulgou a ABF (Associação Brasileira de Franchising). Contribuiu para o resultado a retomada da confiança dos consumidores e dos empresários, bem como a abertura de 20 shopping centers – canal buscado pelo segmento de franquias para crescer.
“O franchising brasileiro enfrentou com muito profissionalismo e dedicação o desafiador cenário econômico brasileiro e, com isso, preservou suas operações. Atribuímos este desempenho à preparação que o setor vem adotando desde 2012, à busca incessante por eficiência e novos mercados e às ações para atrair um consumidor ainda retraído. Além disso, a operação em rede foi mais importante do que nunca, favorecendo a renegociação de custos, a troca de experiências e o desenvolvimento conjunto de novas estratégias”, disse, em nota, Altino Cristofoletti Junior, presidente da ABF.
“Alguns segmentos se destacaram pela inovação, seja desenvolvendo novos canais de venda, estratégias no mercado digital, seja explorando novos nichos. É o caso, por exemplo, das clínicas de saúde popular e serviços de marketing digital”, completa.
Unidades e marcas
No ano passado, o setor contabilizou 142.593 unidades de franquias em operação – um aumento de 3,1% em relação a 2015. A taxa de mortalidade no ano foi de 5,1%. Já o número de redes de franquia caiu 1,1% em relação ao ano anterior, passando de 3.073 marcas para 3.039 – este é o primeiro recuo desse indicador, desde quando a Associação começou a mensurar o setor.
Para Cristofoletti, esse dado mostra maturidade do setor de franquias no Brasil, uma vez que, em mercados mais maduros, como os Estados Unidos, a tendência é que existam marcas com alta concentração de unidades.
Interiorização contínua
O levantamento da Associação mostrou que o processo de interiorização das franquias segue em alta. No ano passado, as franquias ocuparam 42% das cidades brasileiras.
“Esse é um movimento crescente do franchising, que acompanha o próprio varejo de uma forma geral. A maior capilaridade das redes para cidades menores, fora dos grandes centros urbanos, deverá se manter nos próximos anos”, disse Claudio Tieghi, diretor de Inteligência de mercado da ABF.
“A busca das redes por novos mercados, os custos mais baixos e o desejo dos consumidores em ter acesso a marcas conhecidas e a seus produtos e serviços são fatores que contribuem para esse movimento”, avaliou.
Fonte: Portal NOVAREJO
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