AFP-Relaxnews
8 de set. de 2021
Semana da Moda de Nova York retorna com seu formato físico
AFP-Relaxnews
8 de set. de 2021
Após uma longa pausa devido à pandemia de Covid-19, Nova York abre a sua semana da moda de 8 a 12 de setembro, com o regresso de grandes nomes – como Tom Ford e Altuzarra – com desfiles presenciais das coleções para a primavera-verão de 2022.
Mas as limitações relacionadas com o surto das novas cepas de COVID-19 irão manter algumas das habituais marcas internacionais longe do evento. A pandemia ofuscou as duas últimas semanas da moda, em setembro de 2020 e fevereiro de 2021, uma vez que ambas foram dominadas por desfiles virtuais.
Steven Kolb, diretor executivo do Council of Fashion Designers of America (CFDA), diz que vê espaço tanto para desfiles digitais como para presenciais. Mas "há um verdadeiro otimismo, energia e entusiasmo em voltar aos desfiles ao vivo", acrescentou.
Em Nova York, onde desfiles de moda precedem os de Londres, Milão e Paris, não faltam cenários icônicos como pano de fundo, como o teatro Apollo, onde foi realizado o desfile de Tommy Hilfiger em 2019, ou o Studio 54, onde Michael Kors organizou o seu no mesmo ano.
"Este é um momento importante para Nova York e estamos orgulhosos de apoiar a cidade e a indústria", disse Michael Kors, a propósito desta nova edição da NYFW.
Na noite de quinta-feira (9), a LaQuan Smith apresentará a sua coleção no topo do Empire State Building, onde se juntarão a Moschino, Sergio Hudson e Carolina Herrera. Moschino apresentará a coleção de moda feminina Resort 2022 e a campanha de moda masculina para a primavera de 2022, protagonizada por Karen Elson, modelo e cantora inglesa de 42 anos.
Covid
O Met Gala deste ano ganhará uma marca distintamente jovem, graças a personalidades como a cantora Billie Eilish, o ator Timothée Chalamet, a poetisa Amanda Gorman e a estrela do tênis Naomi Osaka, todos com menos de 25 anos.
Mas em uma cidade que foi seriamente atingida pela COVID-19, o retorno à normalidade está sendo lento. Os organizadores da NYFW anunciaram um protocolo rigoroso: todos os convidados e participantes devem apresentar o certificado de vacinação e são recomendadas máscaras (embora não para modelos dos desfiles). O público é também limitado.
De acordo com o CFDA, grande parte dos 91 eventos oficiais serão realizados ao ar livre, enquanto algumas marcas continuam dependendo de apresentações digitais. E com as viagens para os Estados Unidos ainda proibidas a inúmeros países, "muitos dos convidados internacionais não poderão ir a Nova York", destacou Kolb, que acrescentou que estes poderão acompanhar o evento virtualmente.
Menos rotina
Mesmo antes da pandemia, o mundo da moda americano enfrentava algumas grandes deserções, com marcas como a Ralph Lauren, Calvin Klein e Tommy Hilfiger desistindo de linhas de alta gama ou deslocando os seus desfiles para outros locais. Nova York também perdeu estilistas como Pyer Moss, Rihanna e Victoria Beckham.
Desta vez, o CFDA anunciou o retorno de Thom Browne e Joseph Altuzarra, que deixou Nova York para se radicar em Paris. Também no calendário estão o estilista liberiano americano Telfar Clemens, que ganhou popularidade com suas sacolas de compras em couro vegano, e Peter Do, o jovem estilista que cresceu em uma pequena quinta no Vietnam e agora participa de sua primeira NYFW.
A NYFW encerra no domingo com desfiles de grandes nomes como Tory Burch, Oscar de la Renta e Tom Ford.
"Penso que os designers não sentem necessariamente a pressão de se apresentarem todas as temporadas, como talvez tenham sentido alguma vez", diz Cathleen Sheehan, docente do Fashion Institute of Technology em Nova York. "É um tremendo alívio para muitas marcas, porque os desfiles são incrivelmente caros. É menos uma obrigação e uma rotina. Há mais liberdade", conclui Sheehan.
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