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Semana da Moda de Milão começa terça-feira em versão "figital" e formato "extra large"
Depois de Nova York e Londres, é a vez de Milão entrar em cena… pela internet. Novamente nesta temporada, devido à pandemia agravada pela disseminação das variantes de Covid-19, a Semana da Moda de Milão será realizada principalmente em formato virtual. Um formato expansível, que permite acolher um programa extra large com um total de 140 eventos para mostrar as coleções de prêt-à-porter para o outono-inverno 2021/2022.
A Semana da Moda de Milão vai de terça-feira, 23 de fevereiro, a segunda-feira, 1º de março. Mas é na quarta-feira que começam os desfiles, com uma agenda composta por 68, enquanto o restante da programação inclui 65 apresentações e sete eventos, incluindo uma festa agitada organizada pela a Camera Nazionale della Moda Italiana (CNMI) para a inauguração na noite do dia 24, com os DJs das famosas festas milanesas "Club Domani" ... tudo através da web, em total segurança.
Apenas dois desfiles serão realizados fisicamente. O primeira, nesta quarta-feira, é o de Daniel Del Core, ex-estilista de celebridades da Gucci, com o lançamento de sua marca própria, Del Core. O segundo, que encerrará a semana, no dia 1º de março, junto com a Dolce & Gabbana, será o da Valentino, que acontecerá de portas fechadas no Piccolo Teatro de Milão, dando ao famoso espaço o privilégio de reabrir excepcionalmente suas portas após um ano de confinamento.
Entre os destaques, além dos dois desfiles de moda, está a muito aguardada primeira coleção de prêt-à-porter feminina da Fendi por Kim Jones, que será apresentada nesta quarta-feira (24). No sábado (27), a primeira coleção concebida por Alessandro dell'Acqua para a maison italiana Elena Mirò – especialista em tamanhos grandes, que retorna com força ao calendário milanês após um hiato de 10 anos.
Além da notável ausência de Versace, que decidiu apresentar sua coleção em formato online no dia 5 de março, sobrepondo-se à Semana da Moda de Paris, e a da Gucci, que agora se apresenta fora das temporadas oficiais, o evento contará com a participação dos principais nomes do Made in Italy. Muitos deles vão apresentar vídeos ou formatos inovadores.
Por exemplo, Antonio Marras filmou seu vídeo, que será transmitido na sexta-feira, no complexo pré-histórico de Barumini, na Sardenha. No mesmo dia, Marni multiplica-se por três, convidando o público a descobrir a sua coleção em três fases “café-da-manhã”, “almoço” e “jantar”, de manhã, ao meio-dia e à noite. Giorgio Armani apresentará sua coleção no sábado por meio de dois curtas-metragens distintos, o primeiro dedicado às mulheres e o segundo aos homens. Outra novidade do calendário é o vídeo coletivo, pela primeira vez em Milão, de uma seleção de vinte alunos da escola Polimoda, de Florença.
O calendário da Fashion Week também contará com 14 novos nomes. Começando por Pierre-Louis Mascia, ilustrador de moda francês, que em 2007 abriu a sua própria marca com a empresa Como, Achille Pinto, que atualmente opera principalmente na capital francesa e fará a sua estreia em Milão na sexta-feira.
Outros novos nomes que aparecem pela primeira vez nas passarelas milanesas, além de Del Core e Alessandro dell'Acqua x Elena Mirò, são: Brunello Cucinelli, do coletivo "We Are Made in Italy" (Black Lives Matter in Italian Fashion - Collective); Onitsuka Tiger (marca mais nova da Asics); Fabio Quaranta, frequentador regular das passarelas masculinas; e Maxivive, marca andrógina fundada em 2007 por Papa Oyeyemi, um estilista de Lagos, Nigéria, conhecido por sua abordagem experimental.
Esta semana também terá Dima Leu, um jovem talento da Moldávia que estreou em Milão no mês passado com a moda masculina; a marca Münn, do modelo e ator sul-coreano Hyun-min Han; o desfile coletivo Budapest Select, centrado na jovem criação húngara; a marca nova de Alessandro Vigilante, que trabalhou na Dolce & Gabbana, Gucci e Philosophy; e a marca CHB, que Christian Boaro (que possui uma vasta experiência em empresas como Dolce & Gabbana, Versace, Ferré, MSGM), lançou em pleno confinamento. Sem esquecer da chegada às passarelas milanesas de Giuseppe Buccinnà, engenheiro de formação e talento promissor do Made in Italy, que fundou sua empresa de moda em 2015.
Por fim, entre as apresentações, algumas delas presenciais, com a participação de compradores e jornalistas, respeitando as normas sanitárias em vigor, destacam-se as estreias em Milão de Moorer, Gonçalo Peixoto, Alabama Muse, Bacon, Push Button for Fila Korea, Peserico, Yatay, Canadian, Oof Wear, Revenant RV NT, AC9, Des Phemmes e Nervi.
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