Publicado em
31 de mar. de 2010
31 de mar. de 2010
Segundo dia de desfiles: emergentes e famosos
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31 de mar. de 2010
31 de mar. de 2010
Concluído o primeiro dia de desfiles, os estilistas consagrados cederam a passerelle aos novos designers Andreia Filipa Oliveira, Fernando Lopes, Hugo Veiga e Luciana Teixeira, que integraram o desfile colectivo Jovens Criadores, no sábado, dia 20 de Março.
![]() Desfile de Andreia Filipa Oliveira, finalista do Concurso de Design de Moda |
Refira-se que estes quatro jovens são os finalistas do Concurso de Design de Moda organizado pelo Portugal Fashion e, por isso, foram seleccionados para participar nesta 26.ª edição, onde lhes foi concedida a oportunidade de mostrar o seu talento.
O programa do 26.º Portugal Fashion prosseguiu, no mesmo dia, com outro desfile colectivo, nesta caso dedicado ao calçado. Uma vez mais organizado em parceria com a APICCAPS – Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Peles e seus Sucedâneos, o desfile incluiu oito marcas de um dos sectores mais competitivos da economia nacional: Atelier do Sapato, Chocolate Negro, Dkode, Fly London, Goldmud, Nobrand, Stiletto e Y.E.S. Desta forma, o Portugal Fashion continua a cobrir as várias vertentes da Fileira Moda e a promover o seu cruzamento em passerelle.
Seguiram-se diversos desfiles individuais, onde pontificaram as marcas Lion of Porches, Red Oak e Dielmar, o designer de calçado Luís Onofre, a irreverente dupla Storytailors e os criadores Luís Buchinho e Fátima Lopes. A Lion of Porches veio apresentar a sua nova colecção de sportswear, habitualmente refinado e de forte inspiração britânica; a equipa de design da Red Oak deu a conhecer propostas baseadas no conceito “nómada urbano”; a Dielmar inspirou-se no filme “Chicago” para criar as suas peças de alta alfaiataria.
Já Luís Onofre propôs a colecção “Artic Travel”, onde se destacam as botas para senhora. “Modelos de saltos vertiginosos contrastam com botas rasas, num acentuado e requintado look vintage”, descreve o designer. Mas a grande novidade do seu desfile foram as malas de viagem, “ricamente ornamentadas, com detalhes apurados, onde se mistura o prático com luxo e sumptuosidade”.
Fazendo de cada desfile uma coreografia encenada ao pormenor, os Storytailors trouxeram à passerelle do Portugal Fashion a colecção “Gentlewomen”. Casacos (sobretudos, invernosas, robe-manteaux, blazers e boleros), vestidos (para dia e noite), tops (camisas, espartilhos e outros) e saias e calças com diferentes silhuetas foram as peças que povoaram o conjunto de propostas da dupla. Na colecção outonal dos Storytailors, as cores derivam da paleta da bandeira nacional (vermelhos, rosas, bordeaux, amarelo, caramelos, cremes, chás, verdes, azul-escuro, preto e branco), enquanto nos materiais predominam as lãs, os algodões, as fazendas, as sedas e os novos tecidos (popeline de algodão com acabamento encerado).
![]() Storytailors com a coleção "Gentlewomen" |
Buchinho comemora 20 anos de carreira
Luís Buchinho regressou também ele às edições nacionais do Portugal Fashion, dado que a sua última participação no evento remonta a Setembro de 2008 e ainda em parceria com a marca Jotex. A colecção que fez desfilar no Portugal Fashion é, justamente, uma homenagem aos 20 anos de carreira do estilista. Trata-se de “um núcleo forte de peças apelativas a um grande conforto, onde a componente prática está omnipresente”, diz o seu autor, acrescentando que predominam as “geometrias modulares” numa colecção maioritariamente de malhas.
![]() Luís Buchinho comemora 20 anos de carreira |
A noite de sábado encerrou, como habitualmente, com o desfile de Fátima Lopes, que desta feita nos ofereceu a “sua visão do Grande Norte. Uma visão futurista de um Grande Norte ferido por todas as alterações climáticas modernas. O seu Grande Norte aquece-se, já não é branco imaculado e as suas peças não são mais de rigor. Fátima Lopes lança um apelo e mostra-nos, através da sua colecção, os danos do aquecimento global”. Por isso imperam as cores quentes – terra e fogo – e o azul, as golas altas e encorpadas mas abertas (porque já não servem para proteger do frio), os materiais nobres (caxemira, lã, couro, rendas, chiffon e seda) e sapatos extremamente altos e de forma ultrafuturista.
![]() Fátima Lopes: uma visão futurista |
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