Salvatore Ferragamo registra prejuízo líquido no primeiro semestre, mas vendas se recuperam na China

A empresa italiana Salvatore Ferragamo registrou um prejuízo líquido de 86 milhões de euros no primeiro semestre devido à pandemia de Covid-19, mas tem registrado uma recuperação acentuada nas vendas na China desde julho.

Seu faturamento semestral diminuiu -46,6% para 377 milhões de euros, com uma queda de até 60,1% no segundo trimestre, disse a empresa em um comunicado na terça-feira (15). Esta queda se deve às medidas de confinamento tomadas em todo o mundo devido à pandemia, que provocou o fechamento de muitas lojas e a a paralisia de viagens internacionais e turismo.

Diante das incertezas em torno da pandemia, a marca não informou suas previsões para o ano. No entanto, indicou que os meses de julho e agosto foram marcados por uma forte recuperação na China e na Coreia do Sul, e no e-commerce.

A Ásia-Pacífico continua sendo o maior mercado do grupo, respondendo por 44,3% de suas vendas. Estas caíram -39,9% no primeiro semestre de um ano. A região Europa-Oriente Médio e África (22,8% das vendas) sofreu queda de -51,7% no faturamento, a América do Norte de -54,4%, o Japão de -37,4%, e a América do Sul e Central de -54,6%.

A marca, que enfrentou problemas para se posicionar, teve dois anos difíceis em 2017 e 2018, antes de começar a se recuperar no ano passado, mas a pandemia retardou esse processo.

Em comunicado, o grupo confirmou seus objetivos de médio e longo prazo, com a intenção de "continuar fortalecendo a posição de Salvatore Ferragamo entre os líderes do mercado de luxo”.