A marca de luxo italiana Salvatore Ferragamo viu as suas receitas subirem 17,2% para 921 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, graças ao bom desempenho das suas vendas na Europa e nos Estados Unidos.

O seu lucro líquido aumentou 69,2% para 67 milhões de euros, apesar de uma desaceleração nas vendas da marca na China devido às restrições sanitárias relacionadas com a pandemia de coronavírus, de acordo com um comunicado de imprensa publicado na terça-feira (8).
 
Marco Gobbetti, que assumiu o comando do grupo em janeiro, comentou: “Continuamos com o crescimento do volume de negócios no terceiro trimestre, garantindo principalmente a qualidade das vendas em todos os nossos canais de distribuição.”

O novo CEO disse estar "particularmente satisfeito" com o "sucesso" das coleções primavera-verão 2023 e do desfile, confirmando a decisão do grupo de "acelerar os investimentos" no segundo semestre do ano para apoiar o seu "programa de crescimento".
 
Marco Gobbetti apresentou em maio a nova estratégia do grupo, que visa “aumentar as receitas a médio e longo prazo, graças à crescente participação de novos e jovens consumidores”.
 
Este plano prevê nomeadamente a duplicação do nível de despesas de comunicação e marketing em percentagem do volume de negócios a partir de 2023.
 
O lucro operacional (EBIT) aumentou 34,8% para 114 milhões de euros em nove meses.
 
A Ásia-Pacífico, principal mercado do grupo, registrou um forte abrandamento, com um aumento das receitas limitado a 2,1%, um fraco desempenho sobretudo devido ao abrandamento da China num contexto de restrições sanitárias.
 
Por outro lado, o mercado japonês viu as suas vendas aumentarem 19,9%. As receitas registradas na zona Europa-Médio Oriente-África saltaram 37,3%. A América do Norte viu as suas vendas saltarem 29,6% e as da América Central e do Sul subiram 37%.