AFP
Estela Ataíde
10 de mar. de 2021
Salvatore Ferragamo registra prejuízo em 2020 devido à pandemia
AFP
Estela Ataíde
10 de mar. de 2021
A marca de luxo italiana Salvatore Ferragamo anunciou na terça-feira (9) ter sofrido um prejuízo líquido de 72 milhões de euros em 2020, devido ao contexto econômico afetado pela pandemia de coronavírus.
Este resultado é, no entanto, melhor do que o esperado pelos analistas, que previam prejuízo de 85,8 milhões de euros, de acordo com o provedor de informações financeiras Factset Estimates. Em 2019, a marca obteve um lucro de 87 milhões de euros.
A marca de luxo florentina, que enfrentava um problema de posicionamento de sua marca, passou por dois anos difíceis em 2017 e 2018, antes de começar a se recuperar em 2019, um movimento que foi prejudicado pela pandemia.
No final de janeiro, a Salvatore Ferragamo tinha divulgado para 2020 um volume de negócios de 916 milhões de euros, uma descida de 33,5%. Esta queda se deve às medidas de confinamento adotadas em todo o mundo para conter o avanço da pandemia, levando ao fechamento de lojas e à paralisação das viagens internacionais. O impacto da pandemia foi particularmente forte no primeiro semestre, enquanto no segundo o grupo notou "uma recuperação gradual", que oscilou de acordo com as medidas restritivas tomadas para conter a segunda onda.
A Ásia-Pacífico, que continua sendo o maior mercado do grupo, com mais de 50% das suas vendas, viu seu volume de negócios cair 25,5%. Na China, no entanto, as vendas do varejo aumentaram 11,3% a taxas de câmbio constantes, graças ao aumento das receitas no quarto trimestre (+33,9%). Michele Norsa, vice-presidente executivo da Salvatore Ferragamo, partilhou durante uma conferência com analistas a posição da empresa para 2021: “Estamos muito confiantes com o mercado chinês, onde esperamos um crescimento de dois dígitos.”
O responsável disse também contar com "uma recuperação do mercado americano mais robusta do que o esperado há três ou quatro meses", mas se mostrou "cauteloso" com a Europa, devido às "incertezas" relacionadas à crise sanitária.
Em 2020, o volume de negócios caiu 42,5% na região da Europa-Médio Oriente-África, 39,4% na América do Norte, e 35,6% na América Central e do Sul.
Copyright © AFP. Todos os direitos reservados. A Reedição ou a retransmissão dos conteúdos desta página está expressamente proibida sem a aprovação escrita da AFP.