Safilo melhora no primeiro trimestre
Os varejistas vêm apontando para uma recuperação nas vendas, impulsionada pela onda de calor, por isso, foi interessante observar como a gigante dos óculos, Safilo, se saiu bem no primeiro trimestre, um período marcado pelo clima frio e com neve em muitos mercados.
A gigante italiana informou que registrou uma "recuperação significativa" no primeiro trimestre do ano, em comparação com 2017. A empresa saudou "um retorno às condições normais de operação, com fortes taxas de crescimento no mercado europeu e nos países emergentes, que haviam sido prejudicados pelo centro de distribuição de Pádua no ano passado.
Mas nem todos os resultados foram bons. Excluindo o impacto do dólar mais fraco, as vendas na América do Norte "permaneceram brandas, em particular devido ao ambiente de negócios ainda difícil nas lojas de departamento”.
As vendas líquidas cresceram 6,9%, atingindo 250,9 milhões de euros. À taxas de câmbio constantes, o crescimento foi de 15,4%. A companhia informou que o seu portfólio de marcas teve um aumento de 16,9% à taxas de câmbio constantes (excluindo a Gucci), "enriquecidas pelo lançamento das novas licenças: Moschino, Love Moschino e Rag & Bone".
O lucro bruto da empresa foi de 127,8 milhões de euros, um aumento de 9,1%, com a margem bruta subindo para 50,8% em relação às vendas líquidas, em comparação com 49,8% um ano antes.
Excluindo 1,7 milhões de euros de custos pontuais, o lucro com base no EBITDA foi de 13,1 milhões de euros, um resultado muito melhor do que a perda de 6,2 milhões de euros registrada um ano antes. No entanto, a dívida líquida atingiu 166 milhões de euros, acima dos 131,6 milhões de euros registrados três meses antes.
A empresa viu o seu desempenho variar amplamente ao redor do mundo. As vendas cresceram 25,5% na Europa, mas caíram 17,2% na América do Norte. Na região Ásia-Pacífico elas tiveram um aumento de 29,3%, e nas demais regiões, um crescimento de 72,1%.
Na Europa, o portfólio de marcas, excluindo a Gucci, cresceu quase 32% à taxas de câmbio constantes. O desempenho da Ásia-Pacífico manteve a tendência mais forte vista no segundo semestre, e quanto às demais regiões, a Safilo se saiu bem especialmente no Brasil, Cidade do México, Índia e Arábia Saudita.
A América do Norte continua claramente sendo um desafio para o grupo. A taxa de câmbio é algo difícil de ser superado, mas a empresa sabe que isso vai mudar em algum momento. Já a situação nas lojas de departamento americanas é algo menos fácil de prever e elas permanecem altamente competitivas em várias categorias de produtos. Apesar disso, o grupo conseguiu aumentar a taxa de vendas em mesmas lojas em 2,5% em moeda constante.
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