AFP
Estela Ataíde
18 de jan. de 2023
Richemont: vendas trimestrais prejudicadas pela Covid-19 na China
AFP
Estela Ataíde
18 de jan. de 2023
A gigante suíça do luxo Richemont, proprietária da marca de joalheria Cartier, divulgou na quarta-feira (18) vendas trimestrais em alta de 8%, para 5,4 bilhões de euros, travadas pela China devido à explosão no número de casos de Covid-19.

No período decorrido entre outubro e o final de dezembro, o grupo, que publica os seus resultados de forma escalonada, viu as suas vendas na região da Ásia-Pacífico recuarem 9%, excluindo efeitos cambiais, pressionadas pela China, Hong Kong e Macau, apesar de um aumento do seu volume de negócios em todas as outras regiões do globo, indicou em comunicado.
Na China, as vendas caíram 24% durante o terceiro trimestre do exercício 2022/2023, com o "aumento massivo dos casos de Covid" apesar no fluxo de clientes nas lojas, mas também na disponibilidade de pessoal, o que levou a uma "redução dos horários de funcionamento das lojas" ou ao "fechamento temporário de pontos de venda".
Em contraste, as suas vendas na Europa cresceram 19% em moedas locais no trimestre, que inclui o período das festas de fim de ano, graças à demanda local e turística, principalmente de turistas americanos e do Médio Oriente, cujo poder de compra é impulsionado por taxas de câmbio favoráveis.
"As performances na França, Itália e Suíça foram particularmente notáveis", sublinhou o grupo no comunicado.
O aumento das vendas ascendeu a 3% para a zona das Américas, com o grupo destacando que parte das vendas se refere a viagens ao exterior, graças à valorização do dólar.
Por outro lado, as compras subiram 10% na zona do Médio Oriente e África, com o Mundial do Catar impulsionando as compras turísticas.
O Japão, que é contabilizado separadamente do resto da Ásia, apresentou, no entanto, o desempenho mais forte, com vendas em alta de 43%, novamente graças à demanda local e turística.
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