6 de jan. de 2017
Retração no fluxo das lojas varejistas alcança 4,1% em 2016
6 de jan. de 2017
O ano de 2016 não foi fácil para o varejo. O período registrou queda de fluxo de pessoas nas lojas em quase todos os meses em relação ao ano anterior, com exceção de junho, único mês em que 2016 superou 2015, resultando em queda de -4,1% na comparação da média dos dois anos.
O apontamento é do ICV (Índice de Consumidores no Varejo), divulgado pela ABVS (Associação Brasileira de Varejo em Shopping) e pela Virtual Gate, empresa especializada no monitoramento de fluxo de clientes em pontos de venda.
A análise demonstra que nem mesmo a sazonalidade de eventos como Black Friday e o Natal conseguiram retomar o movimento, embora tenha havido uma maior proximidade com a curva de 2015. Em dezembro a retração foi de -3,3%.
Em relação ao desempenho trimestral, os dados apontam que o terceiro trimestre do ano foi o que apresentou pior resultado (-6,6%), seguido pelo quarto trimestre (-4,1%). Primeiro (-3,5%) e segundo (-2,4%) trimestres também apresentaram resultados negativos.
Os dados também mostram o resultado de fluxo nas diferentes regiões do país, onde a região Sul foi a única a apresentar resultado positivo. As piores quedas se verificam nas regiões Nordeste e Centro Oeste, ambas com queda de -5,8%.
Resultado por região:
• Centro Oeste: - 5,8%
• Nordeste: -5,8%
• Sudeste: -4,2%
• Norte: -2,5%
• Sul: +2,4%
De acordo com Heloísa Cranchi, diretora geral da Virtual Gate, o varejo mostra otimismo, "Embora o resultado seja negativo, há sinais de que o consumidor está buscando oportunidades. Se o varejo conseguir oferecer boas oportunidades, a tendência é que haja recuperação nesses números em 2017".
Na opinião de Rufino Martins, diretor da ABVS, o próximo ano poderá ser desafiador para o varejo. "Tudo ainda depende dos rumos econômicos e políticos do país. A falta de algumas definições nesse sentido ainda prejudica a retomada de investimentos no setor, mas o varejo se mostra otimista e confiante nos rumos do mercado".
A base analisada conta com mais de 1.200 pontos de medições (lojas) adota a Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE, na sua versão mais atual 2.0, ponto de referência Base 100 = Janeiro de cada ano para comparativos anuais, e Base = 100 primeiro mês analisado no comparativo mês a mês.
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