Redes varejistas de fast-fashion estão explorando cada vez mais o crescente interesse do público por arte contemporânea por meio de uma série de colaborações com artistas.

 
Alex Katz, um dos mais famosos artistas figurativos americanos esta vez não vai ter suas obras vendidas numa galeria de arte, mas sim nas lojas da H&M, onde 19 de suas obras foram estampadas em roupas, bolsas e lenços. A coleção-cápsula vai estar disponível nas lojas H & M de Miami e em seu próprio site, com preços que variam de 19,99 a 129,99 dólares.
 
"Alguém como Alex Katz realmente funciona para H&M porque seu trabalho é colorido, vibrante e super icônico", disse Marybeth Schmitt, porta-voz da H&M. "Alguns dos nossos clientes são fãs do artista e outros podem apenas ser inspirados por sua obra".

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Em 2014, a H&M lançou essa ideia no fast-fashion, que sempre funcionou na alta-costura e prêt-à-porter, colaborando com o artista americano Jeff Koons. Desde então outras marcas como Uniqlo e Cos aderiram à ideia.
 
"Ao mudar a forma como apresentamos estas obras de arte … somos capazes de trazer o projeto para o primeiro plano, e os clientes são capazes de experimentar a arte de uma maneira nova e moderna", disse Masahiro Endo, diretor de marketing da Uniqlo EUA.
 
Para o artista, além do fator financeiro, ter sua arte estampada em roupas e acessórios é uma vitrine incomparável, pois milhares de pessoas vão se vestir com a sua obra e torná-lo ainda mais conhecido. 
 
Já para as marcas, essas colaborações com artistas são uma oportunidade para enriquecer a experiência do consumidor, embora tais parcerias com artistas plásticos raramente levam a um grande aumento nas vendas, no entanto, o impacto é sobre a mídia.
 
"Colaborações entre artistas plásticos e o fast-fashion ainda são um nicho", diz Bernadette Kissane, analista da Euromonitor International. "Será muito mais difícil educar os consumidores sobre o valor do produto".