Receitas da Farfetch aumentaram no início de 2021
A Farfetch, plataforma líder mundial no mercado online de moda de luxo,relatou outro grande salto, em termos de valor bruto da mercadoria e da plataforma digital GMV, por continuar se beneficiando do aumento no número de consumidores no canal online devido à pandemia.

No primeiro trimestre, a GMV e a plataforma digital GMV cresceram 50% e 60% respectivamente, para 916 milhões e 790 milhões de dólares. As receitas também aumentaram fortemente, 46% em relação ao ano anterior, para 485 milhões de dólares.
Tudo isto ajudou o lucro líquido a atingir 517 milhões de dólares nos primeiros três meses do ano, após um prejuízo de quase 80 milhões de dólares no ano passado. Dito isto, o lucro líquido foi impulsionado por itens pontuais e o EBITDA ajustado resultou numa perda de 19,2 milhões de dólares, embora esta perda tenha sido melhor do que a de 22,3 milhões de dólares do primeiro trimestre de 2020.
Segundo o fundador e CEO da empresa, José Neves, o negócio "está tendo um arranque tremendo em 2021, com uma aceleração mais forte do que o esperado no primeiro trimestre e expectativas de crescimento mais elevadas para o ano inteiro do que o inicialmente previsto". Ele acrescentou que as parcerias de marca "nunca foram tão fortes, e as iniciativas de construção de clientes e de marcas estão tendo uma boa ressonância para conduzir à consciência da nossa proposta de valor e à retenção dos nossos valiosos consumidores".

José Neves disse estar também "muito entusiasmado com a reação positiva dos consumidores ao nosso recente lançamento no Pavilhão de Luxo do Tmall, e com a dinâmica que está por trás da nossa visão do Novo Varejo de Luxo, à medida que a vemos sendo adotada por parceiros de luxo em todo o mundo".
Analisando com mais detalhes o que aconteceu no primeiro trimestre, a empresa informou que as transações de terceiros geraram 85% da plataforma digital GMV a uma taxa de absorção de 29,7%. Farfetch Marketplace ofereceu um número recorde de unidades de estoque em mais de 3.550 marcas de cerca de 1.400 vendedores, "à medida que o crescimento da oferta de varejo multimarca e de concessões eletrônicas acelerou, incluindo o das nossas 10 maiores concessões eletrônicas de marcas que mais do que duplicaram as unidades de estoque disponíveis ano após ano".
A empresa também impulsionou as vendas, uma vez que acrescentou eventos interativos de livestream, permitindo aos Clientes Privados envolverem-se com criadores de marcas como a AZ Factory e a JAY AHR.
Outros grandes movimentos incluíram a relocalização da sua loja física Browns para uma melhor localização na Brook Street de Londres; uma parceria alargada com a Chanel com a implementação da tecnologia Connected Retail na boutique da marca em Monaco; e muitas outras iniciativas.

Embora a Farfetch seja principalmente uma operação digital, como a mudança Browns demonstra, ela também opera algumas lojas físicas que são altamente importantes na arena da moda de luxo. A empresa também acrescentou que a Brook Street viu as receitas aumentarem em 25,4% para 10,7 milhões de dólares.
Enquanto as lojas físicas em certos locais permaneceram fechadas durante grande parte do trimestre (especialmente na Europa), o crescimento foi principalmente impulsionado pela abertura de lojas adicionais da marca New Guards durante o ano passado. Com o encerramento temporário de lojas termino agora em muitos locais, os números das lojas físicas para o segundo trimestre devem melhorar mais rapidamente.
Portanto, não é surpresa que a empresa tenha melhorado as suas perspectivas para o segundo trimestre e para o ano inteiro. No trimestre atual, ela espera que a plataforma digital GMV fique entre os 910 milhões e os 945 milhões de dólares (representando um crescimento de 40%) e que a plataforma de marca GMV ronde os 50 - 60 milhões de dólares. A Farfetch prevê também uma perda de EBITDA ajustado entre 23 - 25 milhões de dólares.
Para o ano, a plataforma digital GMV deverá situar-se entre 3,725 - 3,865 bilhões de dólares, o que representa um crescimento de 35 - 40%.
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