Receita da Nike supera estimativas com América do Norte e Europa compensando a queda de vendas na China

A Nike superou as estimativas de receita trimestral, impulsionada pela demanda na América do Norte e na Europa, que atenuou a primeira queda nas vendas da China em quase seis anos, provocada pelo fechamento de lojas devido ao coronavírus.

A Nike disse que as vendas na Grande China, sua região de crescimento mais rápido, caíram 4% no terceiro trimestre encerrado em 29 de fevereiro, pois foram forçadas a fechar cerca de 75% das lojas próprias e parceiras diante do surto de coronavírus.

Desde que foi detectado pela primeira vez na China no ano passado, o vírus se espalhou rapidamente por todo o mundo e infectou quase 400.000 e matou mais de 17.000, forçando os governos a impor bloqueios e restrição de viagens para conter o surto.

Na América do Norte, a receita da Nike aumentou 4% e na Europa, 11%. No entanto, a Nike e outros varejistas fecharam lojas nos Estados Unidos e na Europa para conter a propagação do vírus.

A receita total aumentou 5,1%, para 10,10 bilhões de dólares no terceiro trimestre, superando as estimativas médias dos analistas de 9,80 bilhões de dólares, segundo dados do Refinitiv IBES. As vendas digitais globais cresceram 36%, enquanto subiram mais de 30% na Grande China, onde a Nike lançou seu aplicativo no final do ano passado.

O lucro líquido caiu para 847 milhões de dólares, ou 53 centavos por ação, de 1,10 bilhão de dólares, ou 68 centavos por ação, um ano antes, devido ao impacto da crise da saúde e à uma cobrança não monetária relacionada à uma mudança no modelo de distribuição da Nike na América do Sul.