EFE
Novello Dariella
24 de set. de 2020
Ralph Lauren planeja cortar 15% de sua força de trabalho global devido ao impacto da COVID-19
EFE
Novello Dariella
24 de set. de 2020
A empresa de moda norte-americana, Ralph Lauren, anunciou na terça-feira (22) que planeja reduzir seu número de funcionários como parte de uma reestruturação para diminuir custos e acelerar seus negócios digitais devido ao impacto da pandemia de COVID-19.
A empresa com sede em Nova York, que tem 24.900 funcionários em todo o mundo, sendo mais da metade nos Estados Unidos, busca cortar cerca de 15% de sua força de trabalho, o que se traduziria em mais de 3.700 demissões, segundo a EFE -DowJones.
A Ralph Lauren disse em um documento entregue à Securities and Exchange Commission (SEC) que espera economizar entre 180 e 200 milhões de dólares com a medida, com encargos entre 120 e 160 milhões de dólares relacionados à indenizações.
A empresa detalhou várias etapas de um grande plano "para alcançar o crescimento sustentável de longo prazo e a criação de valor, que inclui o estabelecimento de uma estrutura global simplificada e plataformas de tecnologia aprimoradas para apoiar as operações" em todo o mundo.
"As mudanças que estão ocorrendo no mundo ao nosso redor aceleraram as mudanças que vimos antes da COVID-19 e vamos acelerar alguns de nossos planos para estarmos à altura", disse o presidente e CEO, Patrice Louvet.
A estrutura simplificada da empresa envolve "consolidar" as funções de "marketing" e "marca", estabelecer um sistema de "inteligência e experiência do consumidor" que usará análises preditivas, e reorganizar as equipes de promoção comercial corporativa.
Em termos de aprimoramento de tecnologia, Ralph Lauren está implementando um planejamento global baseado em nuvem e um sistema de recursos humanos, digitalizando sua cadeia de suprimentos e acrescentando ferramentas como realidade aumentada, entre outras.
Em sua última apresentação de resultados, referente ao trimestre entre junho e agosto, a Ralph Lauren informou que sofreu uma queda de 66% no volume de negócios, em comparação com o mesmo período do ano anterior, e um prejuízo operacional de 168 milhões de dólares.
A empresa não fechou lojas e sua alta administração reduziu o salário, começando com o próprio Ralph Lauren, que renunciou a seu salário integral e bônus, enquanto o presidente-executivo Louvet cortou o dele pela metade e outros executivos cortaram 20%.
© EFE 2024. Está expressamente proibida a redistribuição e a retransmissão do todo ou parte dos conteúdos dos serviços Efe, sem prévio e expresso consentimento da Agência EFE S.A.