Reuters
Estela Ataíde
24 de fev. de 2022
Puma prevê um bom exercício de 2022 apesar da inflação
Reuters
Estela Ataíde
24 de fev. de 2022
A fabricante alemã de moda esportiva Puma anunciou na quarta-feira (23) que espera que as vendas aumentem pelo menos 10%, excluindo efeitos cambiais, em 2022, mas alertou que as restrições relacionadas ao coronavírus e as pressões inflacionárias limitarão o crescimento dos lucros.
A Puma espera que o seu lucro operacional atinja 600 a 700 milhões de euros no próximo ano, contra 557 milhões em 2021, e declarou que em consequência disso o lucro líquido deverá melhorar.
Em janeiro, a Puma já havia anunciado vendas trimestrais preliminares e um lucro líquido acima do previsto, com aumento de 14% nas vendas do quarto trimestre à taxas de câmbio constantes.
A Puma indicou que o aumento dos custos de frete e dos preços das matérias-primas, bem como as restrições operacionais devido ao coronavírus, pesariam na rentabilidade.
Bjorn Gulden, diretor-geral da Puma, declarou em comunicado: "Infelizmente, a Covid-19 continua a afetar negativamente a nossa cadeia de abastecimento, as pressões inflacionárias estão com um impacto negativo nos nossos custos e nas margens operacionais, e a situação geopolítica continua muito tensa"."Mas, continuo muito otimista com o futuro do nosso setor em geral e da Puma em particular."
Como outras marcas ocidentais, a Puma foi objeto de críticas na China por ter declarado que não compraria algodão de Xinjiang após as violações de direitos humanos contra muçulmanos uigures. Pequim nega qualquer violação de direitos humanos.
A Puma declarou que as vendas do quarto trimestre caíram 5,4% na Ásia-Pacífico, prejudicadas pelo mercado da Grande China devido às restrições relacionadas com a Covid-19 e às "tensões geopolíticas", enquanto quase todos os outros mercados da região registraram crescimento de dois dígitos.
A rival Nike indicou em dezembro que estava mais confiante quanto à atenuação dos problemas da cadeia de abastecimento durante o próximo ano fiscal, mesmo com queda de 20% nas vendas da Grande China.
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