Exclusivo
2 de mai. de 2012
Projeto discute uso da pele animal na moda
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2 de mai. de 2012
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou o Projeto de Lei 684/11 que proíbe o uso de peles de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos em eventos de moda no Brasil.
Porém um substitutivo do deputado federal Renato Molling (PP) propõe retirar do texto o couro proveniente de animais reproduzidos em cativeiro e criados com autorização oficial, por considerar a produção de couro como uma indústria de reciclagem, que transforma um subproduto que seria descartado em um bem econômico.
Para o presidente-executivo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), José Fernando Bello, a medida irá ajudar na fiscalização dos abates clandestinos. “Será melhor regulamentado. Quem trabalha dentro da lei não sofrerá consequências”, comenta. A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) preferiu não se manifestar sobre o assunto.
O relator da proposta, Renato Molling defendeu a importância do couro para a balança comercial do Brasil. “A indústria curtidora brasileira transformou-se em um importante player do mercado internacional, participando com cerca de 10% da oferta mundial de couro, gerando divisas anuais da ordem de US$ 2,0 bilhões e contribuindo com 7% do saldo da balança comercial do Brasil”, afirmou.
Para ele, a pele de animais abatidos dentro da lei e em locais adequados, não deve ser colocada na mesma esfera dos animais exóticos, pois ele entende que o Brasil não abate qualquer animal para atender a demanda.
No ano passado, uma empresa nacional de produtos femininos anunciou que recolheria todas as peças de uma determinada coleção que apresentava roupas e acessórios com peles de animais como raposa, coelho e ovelha.
A decisão foi tomada após a empresa sofrer fortes críticas de internautas nas mídias sociais. Na época, a campanha contra a indústria ficou em primeiro lugar entre os assuntos mais comentados no Twitter e motivou a discussão sobre o tema.
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