Godfrey Deeny
13 de nov. de 2020
Proenza Schouler apresenta sua "alfaiataria tátil" para a primavera de 2021
Godfrey Deeny
13 de nov. de 2020
Justamente quando pensávamos que seria o fim da série de coleções online assinada por grandes designers, Proenza Schouler apresentou uma grande ode à vitalidade de Nova York desenvolvida com os seus próprios têxteis de arquivo reciclados.
O resultado é uma coleção de elegância ousada, feita com materiais essencialmente reciclados, apresentada por meio de um novo livro e entrevistas pessoais com jornalistas e os designers fundadores da marca: Jack McCollough e Lazaro Hernandez. A coleção foi apresentada via Zoom por vários dias, antes de ser divulgada ao público na quarta-feira, 11 de novembro.
“Queríamos roupas duráveis! Não atemporais, mais para sempre. Não descartáveis”, disse Hernandez por telefone junto com McCollough de Los Angeles.
Uma coleção com todo o humor, atitude e classicismo peculiar que você esperaria desta dupla: como as camisetas de gola dupla, uma delas nas costas, os ousados vestidos de túnica de couro preto e branco, ou os tops retrô futuristas. As peças multiplicam-se até à hora do cocktail, com blusas de couro Solaris que apresentam colarinhos esticados, mas elegantes. Gabardinas envolventes, com colarinhos e detalhes em malha, cheias de estilo. Embora os looks de maior destaque sejam os vestidos impecavelmente drapeados, finalizados com botões contrastantes. O clímax: blusas plissadas e sobretudos de lantejoulas, que acrescentam um toque de alfaiataria ao mix.
Antes da apresentação, a dupla enviou seu novo livro à jornalistas selecionados para iluminar sua visão. Um compêndio de imagens fotografadas em Nova York, com imagens em preto e branco de arranha-céus ainda não terminados, geralmente com andaimes e guindastes, velhos caminhões de alimentos de aço inoxidável, fachadas de lojas dilapidadas ou skaristas da Washington Square. Imagens capturadas ao longo da West Side Highway ou em um cruzeiro pelo rio Hudson, estrelando dois modelos hipster independentes: a americana Binx Walton, criada no Tennessee, e a holandesa Saskia de Brauw.
Um grande pano de fundo para os novos acessórios – botas de bico redonda e uma nova bolsa de mão em couro com corrente dourada. Acompanhados por algumas fantásticas estampas abstratas – tops e camisas elegantes de leopardo cinza e branco ou combinações tie-dye com efeito de queimado.
“Normalmente vamos à Itália para comprar tecidos, mas o país estava em lockdown, então, usamos amostras ou restos de tecidos. Portanto, essa coleção é 90% reciclada de material de arquivo”, explicou McCollough.
Hernandez acrescentou: “Havia muito material cinza ou branco, então pudemos tingir muitos tecidos e envia-los para Los Angeles, que é onde esse processo de tingimento é feito. Então você não poderá reconhece-los. Mas, acumulamos tantos tecidos que decidimos usá-los!"
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