Publicado em
13 de jul. de 2011
13 de jul. de 2011
Produtos tradicionais de Portugal seduzem japoneses
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13 de jul. de 2011
13 de jul. de 2011
O toque da cortiça e a reinvenção colorida do Burel atraíram as atenções dos japoneses, que se renderam a estes produtos tipicamente portugueses pelas suas qualidades e pela história ancestral. Algumas empresas portuguesas exportam ao Japão até 70% da sua produção.
![]() Japoneses se interessam por produtos portugueses. Foto: Corbis |
"Os japoneses têm reagido muito bem ao burel, tem sido muito bem aceito. São um povo que gosta muito de produtos com história", afirma Isabel Dias da Costa, sócia-gerente da Burel Manteigas. A marca portuguesa, que produz tapetes, mobiliário, painéis, pastas para laptop, tapa-pés, sacos de viagem e até vestuário utilizando burel (tem uma coleção em parceria com a Aforestdesign), tem no Japão "o principal cliente. É o mercado de eleição da Burel. O ano passado já vendemos para o Japão mas este ano, como estabelecemos acordos de representação com agentes, esperamos que cerca de 70% da produção da Burel seja para exportar para o Japão", revela Isabel Dias da Costa.
O burel foi um dos primeiros tecidos fabricados em Portugal, sendo inicialmente usado para fazer as capas dos pastores. Contudo, foi elevado a material nobre pela Rainha Santa Isabel, que o utilizou em trajes para funerais.
Tal como o burel, também a cortiça é um material muito português e tem sido bem recebido no País do Sol Nascente. "Existe um crescente interesse por produtos em cortiça no Japão", confirma António Santos, responsável comercial do mercado japonês da área Home & Office da Amorim Cork Composites. "O material em si é conhecido mas não tanto na aplicação de artigos para a casa/cozinha e, daí, ainda alguma contenção na motivação pela compra. No entanto, o aspecto da sustentabilidade associado ao negócio da cortiça é visto como algo muito positivo e isso pode vir a ser um fator preponderante para uma mais rápida tomada de decisão quanto à introdução de artigos de cortiça, aspecto que é mais valorizado nas lojas de referência", explica. "Tendo sido um dos mercados mais importantes no nosso negócio de Home & Office, estatuto que se alterou nos últimos 6 a 8 anos, o Japão é, para nós, um mercado estratégico", acrescenta o responsável.
Da mesma forma, a SimpleFormsDesign, que apresentou no Japão uma linha de cortiça que integra casas de pássaros (que estiveram no Pavilhão de Portugal na Expo Xangai), candeeiros, bancos e pequenos acessórios para mesa, "tem no País do Sol Nascente alguns clientes prestigiados há já vários anos, o que nos foi permitindo perceber que este mercado era receptivo ao consumo dos nossos produtos", indica Celina Capela, comercial da empresa. "Já tínhamos a expectativa de a cortiça ser um material bem compreendido e acolhido com bastante agrado neste mercado e a recente participação na Interior Lifestyle Tokyo confirmou-a", conclui a comercial.
Estas empresas, juntamente com a Ideia 2003, Kbrinka, Mariana Costa e Silva e Mundotêxtil participaram na mais recente edição da Interior Lifestyle Tokyo, que decorreu de 1 a 3 de Junho, com o apoio da Associação Selectiva Moda (ASM). A participação nestes certames faz parte do projeto de internacionalização da ASM para 2011, que totaliza 61 acções em 26 mercados distintos, num investimento total de 7,43 milhões de euros, financiados pelo QREN.
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