AFP
Estela Ataíde
30 de set. de 2022
Problemas logísticos provocam aumento de custos e estoques na Nike
AFP
Estela Ataíde
30 de set. de 2022
A gigante americana esportiva, Nike, divulgou na quinta-feira (29) resultados trimestrais acima do esperado, mas as margens foram prejudicadas pelos custos de logística, operações promocionais destinadas a reduzir estoques e efeitos cambiais.
O volume de negócios da empresa voltou a subir, aumentando 4% de junho a agosto, período correspondente ao seu primeiro trimestre contabilístico, atingindo 12,7 bilhões de dólares, acima dos 12,27 bilhões esperados. Excluindo os efeitos de câmbio, as vendas aumentariam 10%. O lucro líquido do grupo, por sua vez, caiu 22%, para 1,5 bilhão de dólares.
Numa base por ação e excluindo elementos excepcionais, a medida preferida dos investidores de Wall Street, o lucro ficou em 93 centavos de dólar, um pouco acima dos 92 centavos esperados pelos analistas. Apesar disso, as ações caíram quase 5% nas transações eletrônicas logo após a publicação dos resultados.
A margem bruta do grupo caiu, sofrendo nomeadamente com as "elevadas despesas com frete e logística" e as taxas de câmbio geralmente desfavoráveis, explicou a Nike. A empresa também teve que reduzir os preços de certos produtos que vende diretamente nas suas lojas próprias ou online, principalmente na América do Norte, para escoar os estoques.
Efetivamente, os estoques da Nike saltaram 44% em relação ao mesmo período de 2021. A demanda pelos seus produtos continua "sólida", segundo o grupo. Mas, as remessas demoram a chegar devido às contínuas dificuldades na cadeia de abastecimento.
Paralelamente, a empresa viu as suas despesas de marketing e administrativas aumentarem 10%, com destaque para o aumento das despesas salariais e investimentos estratégicos em tecnologias.
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