Primark: resultados mistos e novos projetos de abertura
O relatório de atividades publicado segunda-feira pela Primark mistura boas e más notícias. Peso pesado da fast fashion, a marca continua crescendo, mas precisa de enfrentar os desafios do mercado.

Os resultados anuais ainda não foram publicados, mas a Associated British Foods já apontou para vendas em alta de 4% no seu departamento de Retail (ou seja, a Primark) numa base relatada e excluindo efeitos de câmbio para o ano inteiro. Estas são as boas notícias.
Por outro lado, é esperado que as vendas comparáveis percam cerca de 2% devido ao aumento na superfície de vendas. As vendas do quarto trimestre fiscal foram aparentemente melhores dos que nos nove meses anteriores, graças a melhores desempenhos comparáveis. As vendas da pré-coleção outono-inverno de 2019 "são animadoras".
Igualmente encorajador é o "bom desempenho" da Primark no Reino Unido, apesar das dificuldades enfrentadas pelas empresas têxteis no país. As vendas comparáveis caíram, é certo, mas o declínio não é tão abrupto quanto em alguns concorrentes.
"Continuamos ganhando participação do mercado, com um crescimento de 3% nas vendas e uma queda de 1% nas vendas comparáveis", afirma a empresa. "Fomos encorajados pela reação dos nossos clientes à abertura da nossa loja de Birmingham High Street, que apresenta toda a nossa gama de produtos, bem como os nossos novos serviços de alimentação e bebidas e de beleza."
Resultados europeus com altos e baixos
Na zona Euro, a cadeia está se saindo relativamente bem e as vendas anuais devem subir cerca de 5% em relação ao ano passado, excluindo efeitos cambiais. Em destaque, os "aumentos de vendas especialmente significativos na Espanha, França, Itália e Bélgica".
A contribuição das novas lojas europeias superou as expectativas da marca. Mas, as vendas comparáveis na zona Euro ainda perdem 3%, com um mau desempenho da Alemanha, onde a marca agora "fortaleceu a sua estrutura de direção e implementou um marketing específico".
Essenciais devido ao seu potencial de crescimento para o futuro, os Estados Unidos "continuam apresentando um bom crescimento das vendas, graças aos excelentes resultados da loja de Brooklyn, inaugurada no último verão, e a um crescimento comparável".
Embora a atividade nos Estados Unidos ainda esteja deficitária, o aumento nas vendas da marca e a descida nos custos operacionais através da redução do espaço de vendas em três lojas deve "permitir reduzir amplamente as perdas operacionais nos Estados Unidos".
A décima loja do país abrirá este outono no American Dream, em Nova Jersey, antes de um novo espaço em Sawgrass Mills, na Flórida, programado para o ano de 2020. Também foram assinados contratos para uma abertura em Chicago, na State Street.
Margens crescentes
Quais são as consequências nas margens? A margem operacional de 11,7% do primeiro semestre do ano superou significativamente a do ano anterior (9,8%), graças ao dólar mais fraco, "a uma melhor estratégia de compras e a uma gestão de stocks otimizada".
Mas, as margens do segundo semestre vão acusar a recuperação do dólar. "A gestão dos stocks continua a ser muito minuciosa e os nossos números no segundo semestre deverão ser tão satisfatórios quanto no ano passado", afirma a cadeia. "As nossas previsões de lucro operacional para o ano inteiro permanecem inalteradas, com uma margem anual em alta". Os efeitos cambiais "aumentarão o preço dos produtos no próximo ano".
Conforme mencionado anteriormente, a empresa viu a sua superfície de vendas aumentar e vai continuar com essa estratégia no próximo ano, com quase 100 mil metros quadrados adicionais. França e Espanha serão os principais beneficiários, já que a marca planeja abrir 19 novas lojas, além de mover e expandir outras.
Na França, irão abrir lojas em Paris Plaisir, Lens e Calais Cité Europe. Na Itália, é esperada uma em Milão Fiordaliso, enquanto em Espanha serão inaugurados três espaços: Bilbao Gran Vía, Barcelona Plaza de Cataluña e Sevilha Lagoh. Na Holanda, abrirá uma nova loja no Rotterdam Forum e o Reino Unido terá um novo espaço no Trafford Centre. A primeira loja na Polônia abrirá em 2020, em Varsóvia, e elevará para 13 o número de países onde a Primark está presente.
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