Fibre2Fashion
Novello Dariella
19 de jan. de 2022
Preço do algodão brasileiro deve permanecer alto neste início de 2022
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Novello Dariella
19 de jan. de 2022
Maior consumo, menor produção e estoques finais mais baixos, tanto no Brasil quanto no mundo, provavelmente sustentarão as cotações do algodão no início de 2022, segundo informações da CEPEA, que tem sede em São Paulo. Também na entressafra, os preços do algodão no mercado brasileiro podem continuar firmes e/ou subindo, uma vez que a maior parte da safra 2020/21 já foi comercializada.
A Companhia Nacional de Abastecimento do Brasil (CONAB) estima estoques finais de algodão na safra 2020-21 (dezembro de 2021) em 1,37 milhão de toneladas, e para a próxima safra (dezembro de 2022), em 1,26 milhão de toneladas, o valor mais baixo desde 2017-18 (1,02 milhão de toneladas). “No entanto, as incertezas em relação ao poder de compra da população e o repasse de preços aos produtos têxteis levam as empresas a serem cautelosas na compra de grandes quantidades. Esses players também estão de olho na pandemia e na oscilação do dólar frente ao real, principalmente neste ano de eleições no Brasil”, informou a CEPEA em seu último relatório quinzenal sobre o mercado brasileiro de algodão.
Considerando a temporada 2021-22, a produção deverá aumentar. Players consultados pela CEPEA dizem que, com chuvas mais regulares nesta temporada, as atividades de semeadura para o algodão 2ª safra podem ocorrer no período desejável, principalmente nas áreas de soja em Mato Grosso, o maior produtor de algodão do Brasil. No entanto, os players estão preocupados com os altos custos de produção devido ao aumento nos preços dos fertilizantes.
A CONAB espera que a produção brasileira de algodão registre 2,7 milhões de toneladas na safra 2021-22, 11% acima da anterior e a terceira maior da história. A área plantada pode aumentar 12%, para 1,542 milhão de hectares, e a produtividade deve chegar a 1.756 quilos por hectare (+1,5%).
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