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Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
25 de set. de 2020
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4 Minutos
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Prada por Miuccia Prada e Raf Simons: o novo New Look

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
25 de set. de 2020

O primeiro desfile criado em colaboração por Raf Simons e Miuccia Prada para a Prada era, talvez, o evento de moda mais esperado do ano. 


Copyright Prada


Devido à pandemia, a coleção foi divulgada exclusivamente online, mas alguns convidados escolhidos a dedo puderam assistir a uma conversa organizada após a apresentação entre Raf Simons e a sua nova colaboradora, Miuccia Prada, cuja família ainda detém 90% da marca cotada na bolsa de valores.
 
A chegada do criador belga ao estúdio criativo da marca milanesa teve obviamente uma grande influência na coleção, do casting dos modelos às roupas, da atitude à silhueta. Esta, não passou despercebida a referência ao New Look criado por Christian Dior, de quem Raf Simons é um dos sucessores, uma vez que foi diretor criativo da maison parisiense entre 2012 e 2015.

A Prada teve a elegância de convidar um grupo de jornalistas e clientes privilegiados para assistir a exibições simultâneas da apresentação em meia dúzia de cidades pelo mundo - Xangai, Tóquio, Dubai, Moscovo, Berlim e Paris. Na capital francesa, o aparecimento da primeira silhueta "New Look" gerou um murmúrio de aprovação entre aqueles reunidos pela marca para um almoço no elegante restaurante Girafe, em frente à Torre Eiffel.

Sejamos claros: trata-se de uma versão fresca e inteligente da silhueta característica de Christian Dior. Camisas de mohair usadas sobre tops técnicos, perfurados com cortes arredondados e adornados com pequenos logotipos Prada; saias midi maravilhosamente évasées, justas na cintura com tiras de nylon e fivelas de cinto de segurança. E, nos pés, escarpins cujas linhas pareciam familiares, com os seus mini saltos esculpidos.
 
O elenco de modelos também foi novo para a marca, uma reminiscência da propensão de Raf para donzelas esguias e cândidas, em contraste com o cenário - um vasto plateau sem janelas, envolto em tecido amarelo dourado pesado, que mergulhou a apresentação em uma atmosfera ao estilo de David Lynch.

No teto, várias câmaras penduradas, oferecendo dezenas de vistas da coleção. Uma por vez, as modelos desfilaram pelo espaço; por vezes, os seus nomes apareciam em monitores de televisão pendurados ao lado das câmeras.

A harmonia entre os dois designers não deixa dúvidas. Obviamente, Raf Simons e Miuccia Prada não tiveram medo de se aventurar em terreno mais escorregadio. Como comprovam os textos impressos em ternos de cetim (de seda ou nylon), na maioria das vezes trechos em francês, inclusive "Signaux volent vers nous", língua que os italianos ainda consideram um sinal máximo de sofisticação.
 
Obviamente, Raf Simons gosta muito do famoso logotipo triangular da Prada, colocado no decote de muitas das primeiras passagens do desfile. Os dois criadores compartilham a mesma visão da femme fatale, aqui envolta no mais belo elemento do desfile, um casaco casulo oversized, disponível em diversos materiais, de algodão mercerizado a moiré, passando por estampas retrô, e muitas vezes decorado com grandes botões contrastantes.

Também inseriram mochilas de cabeça para baixo, transformadas em minissaias de nylon, além de uma releitura lúdica do famoso motivo de assinatura da marca, que evoca o trabalho de Verner Panton, em vários casacos, mas dos quais tivemos dificuldade em entender a intenção. No final, embora não tenha faltado fôlego à coleção, esta parecia destituída de um discurso verdadeiramente construído, como se o resultado desta colaboração não fosse exatamente igual à soma das partes...
 
Após o desfile, os dois designers sentaram-se em longos bancos, respeitando a distância razoável de quatro metros, para responder a uma série de perguntas bastante complacentes, projetadas em uma enorme tela colocado atrás de ambos. Exemplo: quando pensaram pela primeira vez nesta colaboração?

“Nunca pensei que fosse acontecer, mas fico feliz que tenha acontecido. Nos conhecemos há muitos anos, desde que Miuccia e Patrizio Bertelli me ofereceram o cargo na Jil Sander, que me permitiu iniciar na moda feminina. Quando surgiu novamente a oportunidade, não hesitei nem um segundo", disse Raf Simons.
 
Tudo se regenera na moda?

“Desde o início da pandemia, acho que o mais importante é expressar a profunda mensagem da marca”, respondeu Miuccia Prada. Ao que Raf complementou: “A moda visa sempre a novidade, toda mundo quer encontrar algo de novo. Mas, quando uma pessoa já desenvolve a sua marca há algumas décadas, o mais importante é atualizar o seu próprio trabalho.”
 
Qual era a opinião de Raf Simons sobre a empresa Prada antes de sua chegada?
 
“Durante muitos anos, antes mesmo de criar a minha própria marca há vinte e cinco anos, fiquei impressionado com a sua capacidade de reunir uma comunidade muito unida. Com uma atitude, uma mentalidade, uma estética extremamente secretas, misteriosas. É difícil definir em poucas palavras o espírito da Prada, mas ele existe, está lá”, analisou o designer.
 
Um jovem admirador ainda se atreveu a perguntar aos dois monstros sagrados da moda contemporânea: como é que alguém se torna designer?

“É preciso estudar, estudar, estudar, ver filmes, mergulhar na arte e na literatura. As minhas roupas têm como efeito fazer as pessoas que as vestem se se sentirem um pouco melhor, é essa a sua utilidade. É assim que se deve pensar na roupa: como um instrumento para a vida”, concluiu Miuccia Prada.

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