EFE
Novello Dariella
24 de jun. de 2021
Peru desiste de sobretaxar confecções têxteis do Brasil
EFE
Novello Dariella
24 de jun. de 2021
O governo brasileiro manifestou sua satisfação na terça-feira (22) com a decisão do Peru de desistir de impor salvaguardas à importação de têxteis do Brasil. O Peru é o sétimo maior destino das exportações brasileiras do setor de confecções.
“O governo brasileiro soube, com satisfação, que o Peru concluiu a investigação de salvaguardas contra importações de confecções têxteis sem a aplicação de medidas (restritivas) contra o Brasil”, informaram em nota conjunta os Ministérios da Economia e Relações Exteriores.
O governo brasileiro admitiu que a restrição teria um impacto negativo nas exportações do setor para o Peru, que em 2019 somaram 3,3 milhões de dólares, entre roupas e produtos de cama, mesa e banho.
Segundo o comunicado, as posições do Brasil, de defesa dos interesses de seus exportadores, se somaram às "manifestações de outros países e de setores empresariais em favor da não-aplicação de medidas. Ao final, a autoridade peruana concluiu não estarem dadas as condições técnicas para adoção das salvaguardas".
Segundo o governo brasileiro, após sete meses de investigação pelas autoridades peruanas, o Brasil conseguiu verificar que suas exportações para o Peru não prejudicam os produtores peruanos de têxteis e confecções.
A salvaguarda, uma medida de proteção admitida pela Organização Mundial do Comércio (OMC) em casos justificados, permite que um país ofereça proteção provisória a um setor da economia que sofre prejuízos causados pela concorrência de importações de produtos beneficiados por práticas desleais de comércio.
“A decisão é um resultado positivo para o setor têxtil brasileiro e para a relação econômico-comercial do Brasil com o Peru”, conclui o comunicado.
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