Pepe Jeans refinancia dívida e amplia capital para desenvolver plano de negócios
A Pepe Jeans conseguiu refinanciar a sua dívida. O grupo de moda de origem espanhola selou um acordo com o banco para refinanciar o seu empréstimo sindicado e garantir, assim, um novo plano de financiamento a longo prazo. Por sua vez, os acionistas aprovaram um aumento do capital da empresa.

O grupo Pepe Jeans, segundo foi anunciado na sexta-feira através de um comunicado, firmou um acordo de refinanciamento do seu empréstimo sindicado com 14 instituições financeiras, numa operação codirigida pelo BBVA, Banco Santander e Caixabank.
Os acionistas da empresa aprovaram, além disso, um aumento de capital "para fortalecer a solvência do grupo e a capacidade financeira necessária para implementar os planos de crescimento das suas diferentes marcas", explicou a Pepe Jeans no seu comunicado de imprensa.
Esta operação "irá conceder flexibilidade ao grupo e permitir que este se concentre no seu plano de negócios, iniciado neste exercício fiscal, para consolidar o crescimento das suas marcas nos seus principais mercados, implementar o seu plano de digitalização e adaptar-se às mudanças que se verificaram na indústria de retalho e às expectativas do consumidor".
Nas palavras de Carlos Ortega, fundador, acionista e CEO do grupo, "este acordo reflete o compromisso e o apoio das instituições financeiras e dos acionistas do grupo".
Com o anúncio deste acordo, a Pepe Jeans dá um passo definitivo num longo processo de refinanciamento. No início deste ano, o grupo contratou o banco de investimento Rothschild e a consultora McKinsey para reduzir os seus gastos e refinanciar a sua dívida, e também conseguiu que a L Capital, o fundo de capital de risco da LVMH, injetasse dinheiro na empresa para facilitar o seu refinanciamento.
A Pepe Jeans tem a sua sede operacional em Barcelona, embora o seu principal mercado seja o Reino Unido. A empresa espanhola é, desde 2015, propriedade do grupo de investimento libanês M1 (pertencente ao multimilionário Najib Mikati) e a sua venda foi fechada por 720 milhões de euros. O grupo de moda entrou em perdas em 2017, quando registrou um prejuízo de 13,11 milhões de euros.
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