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Paul & Joe e Moncler Genius entre as multidões e o sagrado na London Fashion Week
Nos últimos anos, os maiores desfiles de moda, físicos, têm sido os da Moncler Genius, que convidou 10.000 pessoas para o Olympia na tarde de segunda-feira (20 de fevereiro). A Paul & Joe, pelo contrário, teve um momento poético numa igreja do século XVIII para apenas 400 pessoas e também durante a tarde.
Paul & Joe: nada muito exagerado
Um toque de "je ne sais quoi" da Paul & Joe, numa elegante declaração da fundadora e diretora criativa da maison, Sophie Mechaly.
Um exemplo honesto de "entente cordiale", com tweed proveniente de Harris na Escócia e o último fornecedor francês de tweed bouclé de Castres no sudoeste da França.
As jovens do casting tinham características comuns e usavam uma coleção apresentada dentro da St. John's Smith Square, uma igreja barroca bombardeada na Segunda Guerra Mundial, restaurada nos anos 1960 e agora conhecida por acolher concertos de música clássica. Um desfile apoiado por uma banda de cinco elementos que tocava uma mistura manhosa de jazz de club lounge com sugestões de Spaghetti Western.
Muitos looks de corte 'A' ajustado, misturados com elementos de roupas de marinheiro. Fatos bouclé de tweed em tons de rosa com meias-calças com micro florais, vestidos lamé estampados cinzelados na cintura ou casacos de veludo com flores de pradaria. Os looks masculinos neste desfile de moda mista foram os que combinaram melhor.
"Nada demasiado exagerado, quero vestir mulheres, não apenas páginas editoriais. É o meu próprio guarda-roupa, com belos materiais, acabamentos finos e uma grande mistura de tecidos", explicou Sophie Mechaly, numa entrevista pós-show na galeria principal da igreja.
O filho de Mechaly, Adrien, criou a roupa masculina, concebendo o look de noivo francês. Fatos de casaco de jantar em veludo azul meia-noite ou fatos em tecido pied de coq rosa escuro, com gigantescos acabamentos de tecido floral nas lapelas.
Sophie Mechaly, que desfilou com Adrien e os seus três filhos, atraiu aplausos prolongados. "Eu queria um lugar com boa acústica, como uma igreja. E este templo tinha uma certa magia", sorriu Mechaly.
Moncler: a arte do Genius
Para a última edição do Genius, a Moncler mudou-se para o gigantesco espaço de exposições Olympia de Londres e convidou 10.000 pessoas para um concerto de Alicia Keys e meia dúzia de colaborações de artistas como Pharrell Williams e Rick Owens.
Como sempre, houve uma confusão para entrar nos espaços do designer, com exceção de uma instalação da Mercedes-Benz gigantesca, que era uma mesa gigante aberta ao vivo. No centro havia uma escultura de cinco metros de altura e duas toneladas de um Mercedes-Benz Classe G de prata. As suas rodas e estrutura principal foram acabadas em prata matelassé, como um puffer Moncler. Acima do carro, cinco harpias de prata voaram sobre cordas metálicas escondidas, como anjos futuristas dando a sua bênção a uma colaboração intitulada Mercedes-Benz, a arte da imaginação.
Esta foi a primeira colaboração com uma marca automobilística, e muito longe da instalação adjacente da Williams. Apresentou a sua visão de brilho, na qual um grupo de festivaleiros, sob um céu vermelho carmesim psicodélico, vagueou por uma paisagem rural ondulante, caminhando sobre relva fresca e árvores extraordinariamente realistas cobertas de musgo espanhol.
Já a Palm Angels, optou por uma festa louca, onde os participantes tinham de usar batas de plástico branco de laboratório com capuz para se protegerem do mar de espuma branca imersiva que se espalhava continuamente para fora da cabine do DJ e para fora das paredes.
Outras instalações incluíram uma passarela digital com paredes de gelo da Adidas Originals, um estúdio de gravação falso da Roc Nation de Jay-Z e uma cabine de dormir à prova de som de Rick Owens.
A Moncler Genius está celebrando cinco anos de existência e já apresentou colaborações com Simone Rocha, Jonathan Anderson, Richard Quinn, Craig Green e Pierpaolo Piccioli da Valentino.
O estilo Moncler Genius é desarrumado, barulhento e cheio de fãs, mas pelo menos abre as portas à uma nova geração. Normalmente, as pessoas nunca se aproximariam de um verdadeiro desfile de moda. Este não é um desfile exclusivo de alta costura Chanel em Paris, mas é uma moda democrática e inclusiva.
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