Jean-Paul Leroy
31 de ago. de 2012
Paris: número de turistas ainda em crescimento
Jean-Paul Leroy
31 de ago. de 2012
Apesar da crise econômica e a concorrência de outras metrópoles internacionais, Paris resiste bem em matéria de visitação turística mesmo com a evolução bastante favorável como o retorno em massa dos americanos.
Em termos globais, no primeiro semestre de 2012, a capital registou 7,8 milhões de chegadas (ou seja, os visitantes que escolheram um hotel para se alojar). Isso representa um crescimento de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Esta ligeira progressão, muito apreciável quando se conhece o nível elevado de ocupação, deve-se sobretudo aos estrangeiros, cujo número progrediu em 6%. A ocupação francesa dobrou ligeiramente, em 3,2%.
De acordo com os dados publicados pelo serviço de turismo, a capital viu retornar os clientes historicamente fiéis, procedentes dos Estados Unidos (670 000 chegadas, +14,6%) e o Reino Unido (530 000 chegadas, +7,9%). Mais surpreendente mas sempre satisfatória de acordo com Paul Roll, diretor geral do serviço do turismo de Paris, os japoneses iniciaram seu retorno um ano após Fukushima com 251.300 visitantes, um número em crescimento de +6,2%. E Paul Roll assinala um curso das moedas favorável ao dólar e ao iene.
A participação estrangeira também é propulsionada pelos novos países “emissores”. A Ásia, e notadamente a China, trouxe 607.000 visitantes no primeiro semestre (+11,7%). Os chineses, com 75.900 visitantes, estão em crescimento de 14,7%. Mas este número, determinado a partir das noites parisienses, é muito reduzido para esta população.
Eles são, de fato, mais de 800.000 visitantes na capital. Poucos grupos chineses liderados por operadores turísticos dormem em Paris. Um exemplo: Tours e sua região abrigam ínúmeros hotéis que acolhem os turistas chineses que visitam os Castelos de Loire e a capital. Por um custo muito menor nas acomodações. E da mesma forma, a prefeitura de Tours tem casado mais que um casal de chineses em viagem de casamento organizada...
O esritório de turismo assinala também uma progressão de 7,2% dos visitantes da América Latina (283 000 chegadas).
Finalmente, sempre pelo lado dos estrangeiros, os turistas do Próximo e Oriente Médio registram um maior crescimento (140.000 chegadas, 19,6 % ). E, se o Ramadão pode alterar as datas de visita, isso não impediria os deslocamentos de acordo com o órgão responsável pela promoção da capital.
O número global de visitantes europeus, 2,2 milhões de chegadas, progrediu em 1% no primeiro semestre de 2011: +4,1% para os alemães, com 274.500 chegadas, +23,9% para os suíços com 154.400. Em contrapartida, há o colapso do turismo espanhol com uma queda de 22% no primeiro semestre, para 193.000 ocupações.
Sobre o período de férias como tal, o escritório de turismo ainda não tem um número detalhado. Em uma avaliação feita durante as três semanas dos Jogos Olímpicos, de 27 de julho a 12 de agosto, Paris conheceu uma baixa de apenas 2,3 pontos da taxa de ocupação hoteleira, de 70,2%.
É preciso notar que estes números sobre a frequência turística podem não se apoiar precisamente sobre a ocupação hoteleira. Mas Paris oculta outras formas de alojamento, via apartamentos alugados, por exemplo. De acordo com uma avaliação da Câmara Municipal de Paris, que não aprecia algumas acomodações 'paralelas', elas seriam cerca de 20.000 somadas aos 81.000 quartos de hotéis de Paris intramuros (114 000 com o entorno). Um número que continua a crescer.
Baseado nesse primeiro semestre positivo, o escritório de turismo se declara confiante e projeta um aumento de 1,5% da frequência global para o ano inteiro.
No que se refere às compras, Paris continua sendo a primeira cidade do mundo em reembolso de impostos sobre produtos (de acordo com a fonte Premier Tax Free). “A China, a Rússia, o Brasil e os Estados Unidos são os países que registram o maior número de transações de taxas, este ano”. E notar que Paris conta com 68.500 estabelecimentos comerciais entre Paris e os arredores contra 55.000 da grande Londres.
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